Após ficar cerca de um ano parado e sem utilização no Porto de Santos, o , do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade São Paulo (USP), voltará a operar até maio. A embarcação, prevista inicialmente para retomar suas atividades neste mês, passa por um manutenção obrigatória em um estaleiro no Ceará.
O navio é considerado o mais moderno da academia brasileira para realizar estudos e pesquisas marítimas. Ele ficou inoperante por um ano, pois a USP não conseguia concluir a licitação para contratar sua manutenção preventiva, que é obrigatória. Apenas na terceira concorrência, uma empresa ofereceu um preço dentro do limite previsto e foi contratada.
Por R$ 2,6 milhões, o estaleiro Indústria Naval do Ceará (Inace) venceu a concorrência. Após receber uma autorização especial para navegar (devido ao atraso na manutenção, a licença estava vencida), no último mês, a embarcação foi levada ao Inace, em Fortaleza (CE). Na instalação, permanece docada (fora do mar) para os serviços necessários a fim de estabelecer a segurança de sua navegabilidade.
Conforme imagens divulgadas pela empresa, a embarcação, de quase 64 metros de comprimento, passa por intervenções no casco, nos hélices e nos lemes, entre outras regiões consideradas vitais. Inicialmente, não está prevista a troca de motores ou outros equipamentos.
De acordo com o Instituto Oceanográfico, essa docagem é feita a cada cinco anos por exigência da empresa classificadora do barco. “Nessa manutenção, que ocorre a seco, muitos itens são vistoriados e podem ocorrer atrasos para cumprimento das exigências”, informou a entidade.
O Alpha Crucis é o sucessor do Professor W. Besnard, que foi doado ao Uruguai. O navio é capaz de levar até 20 pesquisadores, além de outros 20 tripulantes, e deslocar pelo menos 972 toneladas. Ele foi adquirido em 2012 por US$ 11 milhões da Universidade do Havaí e, antes de chegar ao Brasil, tinha o nome de Moana Wave.
Fonte: A Tribuna
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