Encontrar meios para eliminar os gargalos logísticos do Porto de Santos e garantir o aprofundamento de seu canal de navegação. Estes são os objetivos principais do novo presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Rossano Reolon. Ele substituiu, na última terça-feira(24), o servidor federal Jean Paulo Castro e Silva, que fica à disposição do Governo
Advogado, Reolon também acumula o cargo de diretor de outorgas da Secretaria de Portos (SEP). Ele integra a equipe do novo ministro Helder Barbalho, proveniente da pasta da Pesca. Em Brasília, o novo dirigente do CAP está responsável, desde o último dia 16 de outubro, por dar continuidade aos leilões de áreas portuárias, previstos para começar no próximo mês.
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Na pauta da reunião de ontem, já com o novo presidente, o conselho debateu o início da implantação de fóruns de capacitação profissional no cais santista. O objetivo é que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária, atenda à demanda da Lei 12.815, o mais recente marco regulatório do setor, que prevê investimentos em instrução de mão de obra.
“Esse, certamente, será o nosso primeiro resultado prático”, afirmou Reolon. Ele viajará ao Espírito Santo, no próximo dia 10, para verificar o que foi aplicado lá. Entre os representantes dos trabalhadores no CAP de Santos, os portos daquele estado foram utilizados como exemplo de como executar projetos de qualificação.
Jean Paulo passou a presidência do CAP para Rossano Reolon na reunião do órgão na tarde de terça-feira (24)
Paralelamente, o presidente do conselho segue com a instrução da própria SEP para discutir soluções aos problemas no cais santista. “Nosso objetivo é acabar com os gargalos, focar na modernização e revitalização do porto, além de executar a dragagem”, afirmou. Para isso, ele defende maior foco nos discussões dentro do conselho portuário.
“O que eu vejo hoje em dia é que as pessoas discutem, mas não chegam a um ponto. A gente precisa traçar o que desejamos. Fora do Brasil, a gente vê que tem objetividade e vê que as coisas funcionam”, comparou Reolon. Otimizar a aproximação de Santos com a SEP, em Brasília, está entre as estratégias.
Desta forma, o presidente diz valorizar o CAP, independente do caráter deliberativo ou consultivo – posição atual. Para ele, os resultados das discussão oferecem subsídios ao poder público, que fica condicionado a seguir os apontamentos dos próprios entes portuários.
Despedidas
Com experiência em administração e planejamento, o ex-presidente Jean Paulo Castro e Silva, no CAP por 11 meses, disse que retornará à Brasília com a sensação de que cumpriu os objetivos. “O plano mestre, as normativas de segurança após o incêndio da Ultracargo e as discussões de tarifas foram os meus resultados práticos durante esse período”, disse Silva.
O ex-presidente da Codesp Angelino Caputo também se despediu do conselho, durante a reunião de ontem. Ele disse que avalia seis propostas de trabalho, tanto do setor público, como do privado. “Apresentarei a minha escolha ao conselho de ética (do Governo Federal). Se tudo der certo, volto à ativa até fevereiro”.
Fonte: A Tribuna online/JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL