Com apenas oito anos de atuação no mercado, a divisão de óleo & gás da Tomé Engenharia responde, hoje, por cerca de 50% do faturamento do grupo, com sede em São Paulo, que também atua nas áreas de rigging industrial, portuária, movimentação de carga em geral e engenharia industrial. Essa divisão, que tem base no Estado do Rio de Janeiro, conquistou seu espaço com trabalhos de montagem de módulos de geração de energia, compressão e produção, conforme disse ao Monitor Mercantil Pedro Luiz Pereira da Silva, acrescentando que com o "boom" na área de petróleo, o executivo fez questão de lembrar que o acionista principal do grupo, Laércio Tomé, sentiu a necessidade de ter uma empresa participando nesse novo segmento e, em 2002, criou a Divisão de Óleo & Gás.
- Essa divisão ocupou um papel importante na execução dos principais empreendimentos de óleo e gás no país para a Petrobras, tendo participações nas plataformas P-43, P- 48, P-50, P-54, PRA1, P-56 e também nas unidades de HDS, da Relam, na Bahia, que estão em execução, e o parque de tanques da nova refinaria de Pernambuco (Refinaria do Nordeste - Renest) - comentou, acrescentando que a Divisão da Tomé Engenharia de Óleo e& Gás está participando das principais licitações da Petrobras, tanto na área offshore como em refino e terminais.
Pedro Luiz confirmou ao MM a participação da Tomé Óleo & Gás na construção de uma das plataformas, Guará, que irão operar no campo petrolífero de Tupi, localizado na Bacia de Santos. Segundo ele, a Tomé está construindo os módulos em parceira coma Modec e o Grupo Schahin Engenharia. As negociações do contrato, conforme disse, estão em fase final e as obras devem iniciar em novembro próximo.
"Depois da construção dos módulos, faremos a integração, que é a colocação desses módulos no navio. A previsão de entrega dessa plataforma está prevista para 2013.
Para esses módulos, Pedro Luiz disse que, em princípio, a construção dessa unidade industrial está prevista para ser em Pernambuco. E acrescentou que o grupo está realizando investimentos em capacitação de mão-de-obra especializada. de obras. Além disso, frisou que essa capacitação também está sendo feita para equipamentos de manuseio e movimentação de cargas dos módulos. E acrescentou que, o Grupo Tomé gera cerca de 4 mil empregos no país.
- Estamos trabalhando na Bahia, na construção das unidades HDS da Petrobras, e também na construção do parque de tanques da refinaria do Nordeste (Renest), em Pernambuco. O nosso foco é a construção de plataformas e unidades onshore. Pretendemos fazer parcerias nesses contratos para o desenvolvimento dessas atividades, que vai ter muito futuro no país, com a construção de plataformas do tipo FPSOs. Também há estudos dentro da companhia para participar da construção das "drillships, que são sondas de petróleo.
Política para o setor não deve mudar com o próximo presidente
Para o diretor da Tomé Engenharia Óleo & Gás, Pedro Luiz Pereira da Silva, o próximo presidente da República, seja quem for, não terá condições de mudar o quadro de investimentos no setor de petróleo e offshore, principalmente com o advento do pré-sal. De acordo com ele, pelo desenvolvimento que o país atingiu e pela sua posição no mercado mundial, esses investimentos se tornaram imprescindíveis.
- Não há como parar hoje esses investimentos, principalmente com o advento do pré-sal e pela quantidade de especializações que o país precisa. Isso sem mencionar o potencial das empresas no mercado externo. Acredito que dificilmente isso vai mudar, em função da própria posição que o Brasil ocupa hoje no cenário mundial.
Em sua opinião, não só para a Tomé Engenharia, como também demais empresas que atuam nessa área, na construção de FPSOs e de sondas, as oportunidades serão enormes, uma vez que, segundo ele, há grandes expectativas de investimentos da Petrobras e a necessidade das empresas em se especializarem para enfrentarem o mercado.
- As empresas terão que estar preparadas, qualificadas, com funcionários treinados e capacitados para enfrentar esse desafio que vai ser o pré-sal.
O executivo da Tomé Engenharia Óleo & Gás, no entanto, frisou que há no mercado carência de mão-de-obra qualificada. Segundo ele, há uma dificuldade de se encontrar hoje profissionais para preencher as necessidades das empresas para atender a demanda. Por isso, ressaltou que as empresas estão investindo na capacitação desses profissionais.
- Acho que, não só a Tomé como todas as empresas estão investindo muito em treinamento de profissionais, tanto de campo, soldadores e outros profissionais, como também de técnicos, engenheiros, profissionais de maior nível. Há uma necessidade rápida dessa evolução, desse treinamento para o desenvolvimento dessas pessoas.
Quanto ao alto custo do aço, Pedro Luiz disse que, com a abertura da Petrobras, de trazer produtos de fora com preços mais competitivos, obriga as empresas nacionais a terem preços tão competitivos como as estrangeiras.
- Isso já está acontecendo, não só no aço, mas também em outros tipos de equipamentos, manufaturados, industriais e outros. Todas as empresas estão procurando atender o mercado através de preços competitivos para poderem enfrentar o mercado externo - disse, ressaltando que é muito importante para a Tomé implementar uma política de empreendedorismo, de acreditar nas possibilidades do Brasil, no crescimento do país, independente de qualquer coisa - É fundamental acreditar nesse desenvolvimento das empresas, acreditando nas pessoas. O Brasil tem boas possibilidades para aqueles que realmente acreditam neste país.
A Tomé Engenharia se posiciona entre as empresas líderes de seu segmento. Uma de suas qualidades é a dedicação em superar, com excelência, os desafios nas áreas de montagens eletromecânicas para os diversos setores industriais e de óleo e gás, com a execução de empreendimentos em EPC.
O grupo, criado em 1973, tem uma forte história de expansão no mercado brasileiro e conta com uma equipe de profissionais qualificados e amplo portfólio de clientes. O grupo é composto pelas empresas Tomé Participações, Tomé Equipamentos e Transportes, Tomé Engenharia, Tecer Terminais Portuários Ceará e Santaluz Logística e Transporte Intermodal.
Fonte: Monitor Mercantil/Marcelo Bernardes
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