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Para Vale, muitos portos chineses têm condições para meganavios

Muitos portos chineses já têm condições de receber os supercargueiros da Vale, e faltariam apenas ajustes e licenciamento para isso acontecer, afirmou um executivo da mineradora nesta quinta-feira (16).

Os esforços da maior produtora de minério de ferro do mundo neste momento estão concentrados em obter as autorizações dos portos da China, segundo determinou recentemente o governo chinês, para que os navios de 400 mil toneladas possam entrar no país que é o principal mercado da Vale, disse o diretor de Ferrosos e Estratégia da mineradora, José Carlos Martins.

"Os portos chineses foram feitos, a maioria, para 300 mil toneladas, são portos bastante robustos, de águas profundas, e muitos deles já têm condições para receber os navios; é apenas uma questão de ajustar... questão de licenciamento", afirmou o executivo em teleconferência para investidores.

Martins argumentou que os Valemax, os maiores navios do mundo para transporte de minério de ferro, atracaram até o momento em vários portos que não tinham sido planejados para receber cargueiros deste porte. Foi assim, por exemplo, na Itália, onde o porto tinha calado suficiente e o berço, segundo Martins, "aguentava" o supercargueiro.

"Chamo atenção para o fato de que não existem muitos portos no mundo com capacidade para atracar navios com 400 mil toneladas, pois esses navios não existiam", afirmou. "Existem outros portos na Ásia, fora da China, que também terão que fazer adaptações tanto na questão de dragagens quanto amarração de portos no píer", acrescentou.

Com ou sem China, porém, a Vale tem um plano B. Martins afirmou que com o funcionamento do centro de distribuição que a mineradora está erguindo na Malásia todas as questões referentes aos meganavios deverão ser solucionadas.

A China, maior importador de minério de ferro do mundo, aumentou ainda mais sua participação na receita da Vale no final do ano passado. A fatia dos chineses nas vendas de minério e ferro e pelotas cresceu de 45,3 por cento no terceiro trimestre para 47,1 por cento no quarto trimestre, revelou o balanço financeiro da companhia divulgado na noite de quarta-feira.

Segundo analistas, o governo chinês cedeu a pressões da indústria naval do país para limitar a entrada de navios da Vale, já que estes estão reduzindo expressivamente os preços do frete marítimo.

O plano da Vale com os meganavios é reduzir os custos de frete.

Fonte: Reuters / Sabrina Lorenzi






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