A conclusão das obras de derrocagem e dragagem no Porto de Paranaguá (PR) resultou em um aumento de 30 centímetros no calado em diversos pontos da Baía de Paranaguá, ampliando a capacidade de carregamento dos navios em até duas mil toneladas por operação. A nova medida, válida desde o final de novembro, foi formalizada por meio da portaria 306/2024 — Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina.
A autoridade portuária informou que o aumento do calado, agora permitido em maré zero, elimina restrições de navegação e melhora as condições operacionais, garantindo maior segurança e eficiência no tráfego e manobras dos navios. A iniciativa foi possibilitada pela remoção parcial da Pedra da Palangana, um maciço rochoso submerso no canal de acesso, que dificultava as operações e aumentava os riscos de navegação. Com a retirada de 20 mil m³ de rocha, as operações ganharam mais espaço e agilidade.
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A ampliação beneficia diretamente a exportação de soja e a importação de fertilizantes, áreas estratégicas para o Porto de Paranaguá. Entre os 11 berços e dois píeres que tiveram o calado aumentado para 13,1 metros, destacam-se os berços 201, 202 e 204, do corredor de exportação oeste, e os berços 209, 211, 212, 213 e 214, dedicados a granéis sólidos e fertilizantes. O cais para contêineres também teve o calado ampliado, com um ganho operacional de 220 TEUs por navio nos berços 216 e 218.
Segundo Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, as melhorias não apenas aumentam a capacidade de recebimento e embarque, mas também reduzem o tempo de espera e os custos operacionais, proporcionando vantagens financeiras para os clientes e fortalecendo o desempenho do porto como um dos principais do país. A autoridade portuária ressaltou que a obra de derrocagem foi conduzida em conformidade com as exigências ambientais do Ibama.