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Pessuti autoriza obras para ampliar porto seco da Ferroeste em Cascavel

O governador Orlando Pessuti assinou ontem (5), no auditório da Acic – Associação Comercial e Industrial de Cascavel, a ordem de serviço para a reconstrução e ampliação do porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel. O porto atende as necessidades de desembaraço aduaneiro na região e, com as obras, terá ampliada sua infraestrutura de transbordo de grãos para atender produtores, agroindústrias e cooperativas, inclusive do Paraguai.

Os produtores paraguaios vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, para o Brasil e o mercado internacional, além de importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. Atualmente, o Paraguai utiliza os portos de Nova Palmeira, no Uruguai, e de Rosário, na Argentina.

“Sempre lutamos para ter uma estação aduaneira em Cascavel, para atender o Oeste do Paraná. Portanto, se sempre batalhamos para que esta estação existisse, o nosso compromisso com Cascavel, o Oeste do Paraná e com os nossos vizinhos paraguaios está mantido. Vamos equipar e melhorar o nosso porto seco e também a Ferroeste”, declarou Pessuti.

O governador disse que, naquele momento, estava autorizando a execução de obras e a compra de equipamentos para que a estação aduaneira volte a operar o mais rápido possível.

Para isso, serão investidos cerca de R$ 4 milhões, dos quais R$ 2,3 milhões serão de responsabilidade de um pool paraguaio, formando pela Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop) e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Dekalpar e Trebol Agrícola, responsáveis por 60% da produção de soja naquele país.

Pessuti revelou ainda que determinou ao DER a elaboração de projetos para a abertura de vias marginais à BR-277, para atender a demanda do porto seco. “A execução da obra é resultado de um esforço dos nossos deputados federais, que estão buscando a liberação de emendas parlamentares, e da empresa concessionária que administra a rodovia, que tem a incumbência de fazer a duplicação”, disse.

O prefeito Edgar Bueno afirmou que a estação aduaneira, além de ter sido alvo de um incêndio, enfrentava uma série de problemas para voltar a funcionar. “Mas agora, estamos recebendo o governador Orlando Pessuti para a assinatura desta ordem de serviço para a execução das obras de reconstrução, reforma e ampliação. Esta é uma obra importante para o desenvolvimento da região, principalmente para os exportadores e cooperativas”.

Para o presidente da Ferroeste, Neuroci Antonio Frizzo, a grande vantagem do acordo firmado pelo governo do Estado com os investidores paraguaios é que “parte deste projeto será pago com a nossa prestação de serviço. Existe um contrato, através do qual a Codapar devolverá o dinheiro investido no decorrer de um período bem longo”.

Segundo ele, o interesse dos paraguaios pelo porto seco de Cascavel está no fato de que representará uma redução significativa no frete, o que tornará os produtos agrícolas daquele país mais competitivos no mercado internacional.

“Hoje, para exportar sua produção agrícola, o Paraguai usa os portos da Argentina e Uruguai, através de chatas, que demoram em média 20 dias e só levam 20 toneladas de cada vez. Com a estação aduaneira, o trabalho de exportação será feito em no máximo 8 dias”, destacou.

PROJETO - “Os paraguaios entram como os principais colaboradores e usuários do porto seco”, disse diretor técnico-operacional da Codapar – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, empresa que administra o porto seco, Davi Pinezi.

O grupo deve começar a operar ainda este ano com a importação de fertilizantes. A partir da safra de 2011, a previsão é de movimentar 200 mil toneladas de grãos com destino ao Porto de Paranaguá, podendo chegar a 400 mil toneladas por ano, em 2012.

O projeto envolve a Ferroeste, Codapar, Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Ministério da Agricultura, Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), Receita Federal e o grupo de investidores paraguaios.

Também participaram do evento o secretário da Agricultura, Erikson Camargo Chandoha; o secretário especial Piotre Laginski e o presidente da Codapar, Jânio Dallla Costa.
Fonte: Agência Estadual de Notícias






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