O Porto de Santo Antonio, no arquipélago de Fernando de Noronha, vai receber obras estimadas em R$ 82 milhões.“Vamos refazer o molhe e realizar uma limpeza no canal que dá acesso ao cais”, explicou o administrador de Fernando de Noronha, Romeu Batista.
Os recursos serão liberados pela Secretaria Nacional dos Portos, que já assinou um convênio com o governo do Estado. O molhe do Porto de Noronha tem 80 metros na posição frontal e 300 metros na sua lateral.
“Há um ano e meio, houve um swell muito forte que atingiu o molhe do Porto. Isso comprometeu as bases da estrutura”, explicou Batista. Swell é uma ondulação oceânica, que acontece, principalmente em dezembro e janeiro.
A licitação que vai escolher a empresa para fazer o serviço deve ser concluída na próxima semana pelo governo do Estado e a administração de Fernando de Noronha. A ordem de serviço será assinada em 20 dias. “A previsão é que as obras sejam iniciadas no começo de março”, argumentou.
Para concluir toda a obra, a administração acredita que serão necessários 10 meses, “porque a logística é complicada”. Romeu citou como exemplo a quebra de uma máquina. “Quando isso ocorre, ou se leva o mecânico para a ilha ou tem que se trazer o equipamento para consertar no Recife”.
Como Noronha é um parque nacional, nem a areia vai poder ser retirada da ilha. “Tudo que será usado na obra vai ser trazido de fora, inclusive a mão de obra. Só a logística desses trabalhadores também terá um custo alto”, comentou. As obras devem gerar entre 50 e 60 empregos, segundo Batista.
O custo da obra é alto para o tamanho do Porto. “Tudo que se faz em Noronha tem custo elevado por causa da logística. É uma obra completamente off shore”, disse Batista.
O Porto recebe com frequência os oito barcos que abastecem o arquipélago com combustível e alimentos, trazidos de Recife e Natal. No arquipélago, existem 60 barcos cadastrados de nativos usados para pesca e turismo.
“O movimento de barcos é dia e noite, porque a ilha respira pelo porto”, explicou Batista. O Porto de Santo Antonio foi construído há 23 anos. “Na época, foi dinamitado um morro para fazer o cais”, lembrou Batista.
As obras serão pagas em várias parcelas depois que começarem as medições do serviço. “Os recursos serão gastos proporcionalmente ao que já foi executado”, afirmou Batista.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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