O Porto de Santos (SP) tem avançado na adoção de tecnologias sustentáveis, destacando-se como referência global em operações portuárias de baixo impacto ambiental. Uma das principais iniciativas é a implantação do sistema Onshore Power Supply (OPS), que permite o fornecimento de energia elétrica terrestre para rebocadores atracados, reduzindo significativamente a emissão de CO₂.
Desde o ano passado, a energia gerada pela hidrelétrica de Itatinga, em Bertioga, passou a alimentar diretamente o cais do porto. Isso possibilita que os cerca de 20 rebocadores das cinco empresas que operam no local se conectem a uma tomada especial e substituam o uso de motores a diesel por uma fonte de energia limpa. Segundo Rafael Apolinário dos Santos, gerente de utilidade da Autoridade Portuária de Santos (APS), o porto é o único do mundo com geração própria de energia com emissão zero de carbono, garantindo um fornecimento totalmente sustentável.
PUBLICIDADE
A iniciativa já reduziu em cerca de 15% as emissões de CO₂. Bruno Takano, gerente de sustentabilidade do Porto de Santos, explica que, ao atracarem, os rebocadores desligam seus motores a combustão e utilizam o excedente energético da Usina de Itatinga para manter seus sistemas operacionais sem emissões adicionais. O objetivo é expandir essa tecnologia para todos os navios que atracam na região, reforçando o compromisso do porto com a mitigação dos impactos ambientais.
Além dessa inovação, o Porto de Santos recebeu recentemente o CMA CGM Bahia, o primeiro porta-contêiner movido a gás natural liquefeito (GNL) a chegar ao Brasil. Com 336 metros de comprimento e 51 metros de largura, essa embarcação representa um avanço significativo rumo à sustentabilidade no setor marítimo e portuário nacional.
