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Portocel faz aniversário e quer dobrar capacidade

Portocel começou operações em 1985, com apenas um berço para atracação de navios. 25 anos depois e com três berços, o terminal tem capacidade para movimentar 7,5 milhões de toneladas de celulose por ano
O Portocel, terminal especializado em embarque de celulose em Barra do Riacho - Norte do Espírito Santo, completa 25 anos. E no dia do aniversário do porto, o superintendente Wellington Giacomim disse que há um projeto de expansão em curso para aumentar a capacidade de operação de Portocel.
O terminal conta com três berços, com capacidade de embarcar 50 mil toneladas diárias cada um. "Temos um projeto, em fase de licença ambiental, para implantar um quarto berço de embarcação de navio. Há previsão de mudança no posicionamento do ponto de atracação de barcaças e ainda estudamos a implantação de Portocel 2".
Ouça entrevista concedida à Rádio CBN: Superintendente do Portocel Welington Giacomin
Há também o estudo do aumento do calado do terminal, de 11,8 metros registrados atualmente para 14 metros. "Em Portocel 2 teríamos mais quatro berços de navios com um calado de 14 metros de profundidade. O processo de implantação desses projetos passa por várias etapas e para ser aprovado deve levar entre três e cinco anos", explicou.
Portocel já ocupa a 10ª posição do país em portos de cargas. Este ano, a expectativa é de que sejam movimentadas 6 milhões de toneladas de celulose no porto. "Nós ainda não trabalhamos com a capacidade máxima. Nós podemos movimentar 7,5 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2009 movimentamos 5,6 milhões de toneladas. É reconhecido como porto especializado em celulose de maior performance do mundo. Nós levamos um dia e meio para carregar um navio. Temos três berços que carregam 50 mil toneladas cada um, ou seja, eu consigo carregar 150 mil toneladas simultaneamente, ", disse.
O terminal atende a Fibria, que é sócia-majoritária com 51% e a Cenibra, que responde por 49% das operações de Portocel. "Nós também atendemos a Suzano e a Veracel. Ano passado foram embarcados em Portocel 5,6 milhões de toneladas. Desse total, 49% foi enviado para a Eupora, 26% para a América do Norte, 24% para a Ásia e o restante para outros destinos", falou.
Na avaliação de Giacomim, o Espírito Santo tem vocação para receber projetos portuários. "A região de Barra do Riacho tem uma ligação fácil com a BR 101 e também é atendida pelo ramal ferroviário da Vale. Temos ainda a possibilidade de cambotagem e a tendência é a de que essa região se firme como como uma grande área de embarque de produtos do país."
O superintendente de Portocel avalia que a modalidade de cabotagem - que é a navegação de embarcações de carga entre dois portos da costa de um mesmo país - é pouco explorada no Brasil e seria uma boa alternativa para desafogar o tráfego nas rodovias. "Nós temos limitações graves no aspecto logístico. A baixa malha rodoviária e o baixo aproveitamento da cabotagem são alguns exemplos. É preciso investimento em infraestrutura e também em embarcações para a prática".

Fonte: Gazeta Online


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