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Portos continuam sob ameaça de greve

Logo nas primeiras horas do dia, caminhões se alinhavam aos poucos à direita da pista que dá acesso ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena. Ora carregados de contêineres, ora transportando produtos perecíveis, os veículos se deparavam com uma cena incomum na guarita que dá acesso ao porto de onde costumam ser exportados vários tipos de cargas. A cada parada em frente da entrada, um aviso. “Estamos em paralisação das atividades por 24h. Ela teve início às 19h e deve findar às 7h de amanhã. Não está entrando ninguém”, informava um funcionário da Companhia Docas do Pará (CDP), empresa responsável pela administração do porto.

Vindo do município de Água Azul do Norte com o objetivo de embarcar um carregamento de cortes bovinos para Hong Kong, na China, o carreteiro Antônio Furtado tratou de garantir uma vaga no acostamento da pista assim que chegou. A movimentação diferente na entrada do porto - alguns funcionários que aderiram à paralisação faziam piquete a poucos metros da guarita - não foi surpresa para ele, que já havia sido informado da manifestação. “Vou ter que esperar. Até liberar, vou ficar aqui pra garantir minha vaga”.

Preocupado com a manutenção da carga perecível que tinha no caminhão frigorífico, ele não se disse contra a mobilização, porém, se mostrou descontente com a perda que a paralisação de um dia poderia lhe causar. “É justa a luta deles, mas eles não podiam prejudicar os outros. Todo mundo pode parar, menos os motoristas”, disse, ao informar que é pago por dia, pelos carregamentos realizados. “Eu ia deixar esse aqui e já ia pegar outro (carregamento). Quando para, a gente perde um dia de trabalho e deixa de ganhar a comissão”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Guardas Portuários (Sindiguapor), Raimundo Rodrigues, a paralisação nacional foi definida para forçar o Governo Federal a implantar o acordo coletivo da categoria definido ainda em junho do ano passado. “Nosso acordo coletivo não foi registrado. Nós negociamos com a empresa Companhia Docas do Pará, fechamos o acordo e ele foi encaminhado para Brasília e a resposta que tivemos de lá é de que teríamos que fazer um novo acordo”, explicou. “O Dest (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento) teria que reconhecer o acordo coletivo, mas eles só disseram que não aceitam. Eles nem dizem como tem que ser feito”.

Com a paralisação, somente parte das cargas que costumam sair e chegar no porto, como minério e derivados, madeira e cargas vivas, estavam sendo liberadas. “Estamos liberando cargas perecíveis, boi vivo e de abastecimento”, garantiu Raimundo.

Segundo ele, a movimentação de caminhões só não foi maior porque as empresas exportadoras foram avisadas com antecedência. “Muitos se anteciparam. Já foi cancelada uma carga de alumina e os estivadores nem vieram”.

Fonte: Diário do Pará






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