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Portos da costa oeste sul-americana largam na frente do Brasil para receber navios post-panamax

A Maersk Line avalia que os portos brasileiros ainda precisam de muitos investimentos para se beneficiar da ampliação do Canal do Panamá, inaugurada no último dia 26 de junho. Para a empresa, portos da costa oeste da América do Sul e da costa leste norte-americana largaram na frente e já estão prontos pare receber navios de até 14 mil TEUs que passarão pela hidrovia. Uma dos obstáculos brasileiros, segundo a empresa, são as dificuldades para execução e manutenção de dragagens nos principais portos brasileiros.

O diretor superintendente da Maersk Line na costa leste da América do Sul, Antonio Dominguez, observa que Chile, Colômbia, Equador e Peru fizeram investimentos em infraestrutura, ampliação de calado e compra de equipamentos portuários se preparando para a expansão do Canal do Panamá. Ele acrescenta que os principais portos da costa leste dos Estados Unidos também realizaram investimentos importantes paralelamente às obras de alargamento da hidrovia. “O Brasil precisa de muita dragagem, de investimentos em equipamentos para os portos atenderem navios maiores, e de infraestrutura para conectar os portos às cidades”, disse.


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Para o armador, alguns dos portos com infraestrutura mais adequada para receber navios de grande capacidade estão longe dos centros de consumo. Dominguez acredita que o Porto de Pecém (CE) tem tudo para se beneficiar da expansão do Canal do Panamá atuando como um hub, a exemplo do que acontece com alguns portos da América Central, que também vêm recebendo investimentos em ampliação. Ele diz que os principais portos panamenhos que movimentam em torno de sete milhões de contêineres por ano, sendo que somente 5% é carga local já que o Panamá possui apenas três milhões de habitantes.

Para o comércio global, o alargamento do Canal do Panamá significará inicialmente um aumento de 3% no volume de carga transportada nessa rota e impactará o comércio entre a Ásia e a Costa Leste dos Estados Unidos, já que 60% do tráfego que passa pelo Canal do Panamá começa ou termina em portos norte-americanos. Atualmente, passam pelo Canal do Panamá em torno de 12 mil embarcações por ano, por meio de 144 rotas que conectam 160 países. O novo Canal do Panamá permitirá a passagem de embarcações de maior porte, recebendo desde embarcações Panamax, com capacidade para cinco mil TEUs, até os novos Panamax, navios com até 49 metros de comprimento, 366 metros mais compridos, com calado 15 metros mais profundos e capacidade para 14 mil TEU.

 

Por Danilo Oliveira
(Da Redação)






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