Portos do Ceará (Fortaleza e Pecém) batem recordes de movimentação de cargas em setembro, puxadas principalmente pelas importações. O crescimento da economia e a baixa cotação do dólar explicam
A movimentação de mercadorias no Porto do Pecém registrou novo recorde em setembro, com 2,1 milhões de toneladas (t), o que representa um incremento de 70% em relação a igual período de 2009. No Porto de Fortaleza, no Mucuripe, não foi diferente. O volume de cargas movimentadas (importações e exportações) atingiu a marca de 407 mil t. Trata-se da maior movimentação registrada em um único mês na história do terminal portuário da Capital que opera desde a década de 50. Este ano, o volume de cargas deve atingir 4 milhões e bater um novo recorde. De janeiro a setembro movimentou 3,12 milhões.
O bom desempenho é reflexo do crescimento da economia e impulsionado pelas importações. Segundo o diretor de Infraestrutura e Gestão Portuária da Companhia Docas do Ceará, Mário Jorge Cavalcanti, há cerca de 10 anos o Estado não importava cimento e não tem registro de importação de asfalto em mais de duas décadas. Adianta que o porto vem crescendo desde 2009 mas este ano em maior intensidade. “Esperamos crescimento de 20% para atingir a marca histórica de quatro milhões de t.”
Informa que o asfalto é uma das cargas novas que foram agregadas ao grupo de granéis líquidos. O produto está sendo trazido das Ilhas Canárias e Estados Unidos pela própria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) que não consegue atender a demanda. Explica que vem na forma pastosa e é aqui é aquecido para o descarregamento.
No Pecém, os produtos que tiveram maior movimentação foram produtos siderúrgicos, combustíveis minerais, frutas, minérios e cimento. O transporte de carga geral registrou movimentação de 642 mil t, com variação positiva de 148%, enquanto a movimentação de contêineres teve aumento de 29% com 963 mil t e a de granel líquido totalizou 50% a mais que em 2009.
Destaques de setembro/2010
23 mil t de cimento, a partir de importação de longo curso do Vietnã.
18,7 mil toneladas de arroz, importação de cabotagem vinda do Rio Grande do Sul.
10,6 mil toneladas de bobina de aço, importação de longo curso vinda da Bélgica.
13,6 mil toneladas de frutas (banana, manga, melancia, melão e uva).
Fonte: O Povo (CE)/Artumira Dutra
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