A maioria dos 1.600 trabalhadores avulsos de capatazia do porto de Santos é esperada para uma assembleia, hoje, segunda-feira (7), às 9 horas, no corredor de exportação do porto de Santos.
A categoria está em greve nas empresas ADM e Louis Dreyfus, que ocupam 300 desses trabalhadores por dia, nos embarques de graneis sólidos que chegam ao porto em vagões ferroviários.
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A paralisação começou às 13 horas de terça-feira (1º) apenas na operadora portuária ADM, mas foi ampliada na manhã de quinta-feira (3), prejudicando a logística no corredor.
Isso porque o Terminal de Exportação de Santos (Tes), que substituirá a empresa Louis Dreyfus em janeiro, anunciou que adotará a mesma medida da ADM que causou a greve.
O problema é que as operadoras não querem mais utilizar os trabalhadores avulsos de capatazia do sindicato dos operários portuários (Sintraport), escalada pelo órgão gestor de mão de obra (Ogmo).
Segundo o presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’, os vagões paralisados, que antes ocupavam apenas as imediações do complexo, agora estão também no bairro Alemôa e até em Cubatão.
As empresas, diz o sindicalista, pretendem operar com empregados vinculados, cerca de 170. Isso prejudicaria, segundo Miro, os 1.600 avulsos de capatazia que passam pelo local em sistema de rodízio.
O presidente do Sintraport tinha esperança de negociar com a ADM na manhã de quinta-feira, mas não conseguiu concretizar a expectativa. Pior ainda, foi surpreendido pela decisão da Tes e Dreyfus.
Miro e o advogado trabalhista do sindicato, Eraldo Aurélio Franzese, estudam que medidas jurídicas adotarão no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
O presidente do Sintraport reclama que, além de vincular, as operadoras querem reduzir os ganhos dos trabalhadores pela metade. “E olha que estamos no meio de uma campanha salarial de data-base”.
Miro e a diretoria do sindicato estarão disponíveis para esclarecimentos e entrevistas, no local: armazém 40, moega 5, corredor de exportação.
O sindicalista está convidando parlamentares e sindicalistas de outras categorias para prestigiarem a assembleia de segunda-feira: “Vamos fazer um protesto histórico”.
Fonte: Assessoria de imprensa do Sintraport - 04/11/2016