Navios não entram, nem saem dos Portos de Vitória e Capuaba.
Trabalhadores reivindicam reajuste salarial e benefícios.
Os funcionários da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) iniciaram greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira (18). A iniciativa de paralisação foi decidida em assembleia, na noite de ontem, segunda (17) e impede que navios entrem ou saiam do Porto de Vitória e do Porto de Capuaba.
Segundo o presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES), Roberto Hernandes, a decisão foi tomada diante de uma resposta negativa do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) ao reajuste salarial da categoria. "A Codesa já alegou que pode arcar com o reajuste, mas dependem da liberação do Departamento", relatou.
Ainda de acordo com Hernandes, em setembro foi aprovado o reajuste de 9,21% em assembleia, além do piso salarial em R$ 1,4 mil e benefícios. "Com os portos parados, temos a informação de que o prejuízo diário chega a R$ 135 mil, enquanto nosso aumento, no total, custaria R$ 4 mil por dia", salientou. Todos os dias, às 17 horas, são realizadas assembleias a fim de discutir os rumos da greve.
No dia 11 deste mês, foi feita uma greve de advertência, que durou 24 horas. Segundo a assessoria de imprensa da Codesa, um acordo foi feito com o sindicato, as propostas foram alinhadas e houve um acerto, mas para o reajuste ser aplicado, é necessária a autorização do Dest, que não está de acordo com o aumento.
O Dest informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre o fato, pois, diante de resposta negativa do Departamento, a Codesa deve iniciar nova negociação com os trabalhadores.
Fonte: G1 ES
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