O 12º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na quinta-feira (11), prevê colheita de 350,2 milhões de toneladas de grãos no Brasil e recorde na safra 2024/25, superando o melhor resultado anterior, que fora registrado no ciclo 2022/2023, com 324,36 milhões de toneladas. Se confirmado o montante, ele representara crescimento de 16,3% em relação a 2023/2024 e aumento de 49,1 milhões de toneladas no volume total, com destaque para milho, soja, arroz e algodão, que, somados, chegarão a 47 milhões de toneladas a mais.
O boletim atribuiu o resultado previsto para a atual safra ao aumento de 1.9 milhão de hectares da área de cultivo, de 79,9 milhões de hectares para 81,7 milhões de hectares, e a condições climáticas favoráveis, sobretudo no Centro-Oeste. O Mato Grosso é apontado como destaque e, segundo o documento, influenciou a recuperação na produtividade média nacional das lavouras em 13,7%, com estimativa de colheita de 4.284 quilos por hectare, contra 3.769 quilos por hectare na safra 2023/24.
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O maior volume previsto é para a produção de soja, com 171,5 milhões de toneladas e 20,2 milhões de toneladas a mais que na safra passada, o que, segundo a Conab, será resultado do aumento da área semeada e da produtividade média nacional das lavouras graças a boas condições climáticas. O desempenho médio nacional das lavouras no atual ciclo é 3.621 quilos por hectare, o melhor registrado pela Companhia, com a maior produtividade em Goiás, com 4.183 quilos por hectare, e a menor no Rio Grande do Sul, com 2.342 quilos por hectare.
A Companhia estima que, por causa dos bons resultados na produção, o estoque inicial da soja ficará em 4,32 milhões de toneladas, e a expectativa é de que sejam exportadas 106,25 milhões de toneladas. Além disso, a previsão é de que 57 milhões de toneladas sejam destinadas ao mercado interno brasileiro.
A Conab indica também que a produtividade das lavouras de milho, estimada em 6.391 quilos por hectare e produção total de 139,7 milhões, será recorde na média nacional, somadas as três safras do grão. O aumento esperado para o volume colhido é de 20,9% em relação a 2023/24.
Na primeira safra, a produção estimada foi de 24,9 milhões de toneladas, com crescimento de 8,6% sobre a anterior. Na segunda, com 97% da área colhida e 3% em maturação, o crescimento esperado é de 24,4%, com 112 milhões de toneladas. E, para a terceira, cujas lavouras estão em desenvolvimento, são esperadas 2,7 milhões de toneladas.
O boletim da Conab informa ainda que há previsão de recorde também na colheita do algodão, com 4,1 milhões de toneladas e alta de 9,7% sobre a safra anterior, graças ao aumento de 7,3% na área semeada e às condições climáticas. No caso do arroz, cuja que colheita já terminou, a produção alcançou 12,8 milhões de toneladas, 20,6% a mais que em 2023/2024 e a quarta maior registrada, atrás de 2010/2011, de 2004/2005 e de 2003/2004. E para o feijão a estimativa é de 3,1 milhões de toneladas, na soma das três safras do grão.
Já para o trigo, que teve redução de 19,9% de planto em relação à safra anterior, a produção estimada é de 7,5 milhões de toneladas, 4,5% a menos que na safra passada. Apesar da queda, é esperada recuperação da produtividade, passando de 2.579 quilos por hectare em 2024 para 3.077 quilos por hectare.