O Ministro dos Portos Leônidas Cristino participa de reunião nesta 5ª feira (dia 21), às 12h30, no estande da COPPE/UFRJ, com o reitor da Universidade, Carlos Antônio Levi, e o diretor da COPPE, Luiz Pinguelli, para fazer um balanço do programa de “Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos”, criado pela Secretaria de Portos (SEP/PR) da Presidência de República. Este programa está identificando resíduos, efluentes e fauna sinantrópica nociva em 22 portos brasileiros e está contemplado nas ações do PAC 2, com recursos de R$ 16 milhões.
Para o Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, o trabalho traz ganhos diversos para o país, que passa a tratar seus resíduos adequadamente e oferece às universidades e centros de pesquisa possibilidade de aplicar e desenvolver novos conhecimentos, que certamente trarão desdobramentos científicos relevantes. O diretor da SEP, Antônio Maurício Ferreira Netto, acrescenta que este programa é uma política de Estado, que pretende incorporar aos portos ações e procedimentos sustentáveis para que possam conviver mais harmonicamente com as cidades e regiões onde estão inseridos.
O Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ, com apoio do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG/COPPE), é o responsável pela coordenação dos trabalhos nos 22 portos. Esta primeira fase de diagnóstico, iniciada no final de 2011, já esta em plena carga em 19 portos e terá duração de um ano. Ao fim deste prazo trará não apenas soluções para melhor coleta e gestão dos resíduos e efluentes oriundos da operação portuária como sugestões para sua valorização econômica sustentável. Para fazer este diagnóstico, os pesquisadores da Coppe contam com a parceria de profissionais locais de alto nível por meio de uma Rede de Competências, formada por Universidades Federais e Estaduais e Institutos de Pesquisas, que já conta com 18 instituições coordenadas pela Coppe/UFRJ. É sem duvida, uma ação pioneira que um projeto do Executivo Federal venha a reunir a maioria das principais instituições de ensino e pesquisa do país, com a participação de aproximadamente 250 pesquisadores envolvidos diretamente com o Projeto, entre professores, doutores, mestres e graduados e alunos de graduação.
Resultados - O trabalho já começou nos Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ), Fortaleza, Natal, Recife, Suape (PE), Cabedelo(PB), Maceió, Paranaguá (PR), Santos (SP), Rio Grande (RS), Belém, Vila do Conde (PA), Itaqui (MA),Vitória (ES), Itajaí (SC), Salvador, Aratu e Ilhéus (BA). O programa ainda será iniciado nos Portos de São Sebastião (SP); São Francisco do Sul e Porto de Imbituba/SC.
Os Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí foram selecionados como áreas-piloto para o projeto. Desde outubro de 2011 as equipes PPE/IVIG/COPPE, com apoio da UFF e UFRRJ, têm feitos testes nesses portos com o objetivo de consolidar as metodologias de coleta que estão sendo aplicadas nos demais portos. Os dados preliminares do Porto do Rio de Janeiro indicam que mais de 90% dos resíduos gerados na área primária têm a possibilidade de passar por algum tipo de reciclagem ou reaproveitamento e cerca de 20% dos resíduos gerados nas embarcações atracadas no Porto do Rio em 2011 eram passíveis de serem aproveitadas para geração de energia.
O professor Marcos Freitas, coordenador do PPE e deste trabalho, explica que o programa identificará todos os resíduos e efluentes gerados nos portos e indicará boas práticas para a sua gestão, elevando o Brasil a um padrão internacional no cumprimento de normas nas áreas de meio ambiente e vigilância sanitária e agropecuária.“Parte do lixo, poderá, por exemplo, ser transformada em materiais recicláveis, e o restante em energia, gerando economia para os portos ou mesmo receita extra. Afinal estamos tratando da área que é responsável por mais de 90% da movimentação de carga de exportação e importação do país, além de possuir um enorme potencial para o turismo nacional e internacional”, completou.
O programa fará três tipos de diagnóstico: resíduos sólidos; efluentes líquidos e fauna sinantrópica nociva (pombos, ratos, insetos e outros animais). Os resíduos são gerados pelos navios, pela operação portuária e pelos escritórios situados no porto e incluem desde alimentos dos cruzeiros de luxo ao acúmulo de grãos resultante das operações portuárias ou papel descartado pelas empresas. Efluentes líquidos também são gerados por operações de bordo, portuárias e administrativas, incluindo esgoto e óleo combustível. Já a fauna é classificada de duas formas: Fauna Sinantrópica: espécies animais que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste; e Fauna Sinantrópica Nociva: que interage de forma negativa com a população humana, causando-lhe transtornos significativos que representem riscos à saúde pública.
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