Proibição de caminhão na margem direita do Porto de Santos vale até 6ª
- Redação
- Portos e logística
A proibição de caminhões destinados à margem direita do porto (Santos) será estendida até sexta-feira, disse o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes. A interdição do acesso à margem direita do cais (Santos) era válida para esta segunda, quando seria revista, mas, por decisão do gabinete de solução de crise, a medida valerá pelo menos até sexta. A determinação visa evitar que os acessos à região fiquem travados pelos caminhões, dificultando a movimentação local.
A Polícia Rodoviária está fazendo uma série de bloqueios em várias estradas paulistas, e não só no Sistema Anchieta-Imigrantes, que liga o Planalto à Baixada Santista. Apenas caminhões com perecíveis, como comida e medicamentos, poderão acessar Santos. Essas carretas, que representam de 5% a 7% do volume de caminhões destinados a Santos, serão escoltadas na Serra do Mar. A descida dos veículos destinados à margem esquerda do porto (Guarujá) e ao polo industrial de Cubatão está liberada, pois o acesso é feito por outra rodovia (Cônego Domênico Rangoni), assim como o tráfego ferroviário nas duas margens do canal de navegação. Dos 55 terminais do porto, 46 ficam na margem direita, que recebe por dia de 9 mil a 12 mil caminhões, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), afirmou que os caminhões estão sendo retidos nas barragens e terão de retornar. “Meu foco são as pessoas, a população já foi altamente prejudicada com esse incêndio e as consequências para a cidade”, disse, ao ser questionado sobre os prejuízos que a falta de movimentação de cargas nos terminais acarretará. A Codesp está incumbida de avisar os terminais e começou a fazer o trabalho ontem.
O fogo no terminal da Ultracargo já atrasa a operação de dez navios neste momento no porto de Santos. Eles estão fundeados na barra, a entrada do porto de Santos, à espera de atracar no píer da Alemoa, que permanece interditado. É nele que desembocam os dutos que transferem os líquidos dos terminais da Alemoa, entre os quais a Ultracargo, até o porto.
A navegação no canal do porto está liberada, mas o acesso de navios aos terminais que ficam depois do píer da Alemoa, como a Usiminas e o Tiplam, é feito seletivamente.
Fonte: Valor / Fernanda Pires