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Projeto da Alpa pode vacilar sem hidrovia

No cronograma aprovado pela Vale para implantação da siderúrgica Alpa (Aços Laminados do Pará), é tido como fator determinante para a viabilidade do projeto o derrocamento do rio Tocantins, no trecho de 23 km do Pedral São Lourenço. Outro ponto indispensável é a ampliação do porto de Vila do Conde, no município de Barcarena. Essa posição foi exposta ontem pelo diretor presidente da Alpa, José Carlos Soares, em encontro realizado com dirigentes do Sistema Fiepa no Pará.

Dada com naturalidade, a informação deve ser recebida pelas lideranças políticas e empresariais do Pará como advertência. O atrelamento da Alpa ao incerto projeto de implantação da hidrovia do Tocantins significa que passamos a enfrentar concretamente a possibilidade de vermos morrer já no nascedouro o sonho longamente acalentado de se ter aqui um grande complexo siderúrgico e um polo metal-mecânico. Apesar de um discurso oficial maneiroso, o governo efetivamente não deu até hoje um passo concreto para restabelecer a plena navegabilidade do rio Tocantins no trecho entre Marabá e Vila do Conde.

A implantação da Alpa, decidida há cerca de três anos pela direção da Vale, é considerada o ponto de partida para a verticalização do setor mineral no Pará e da criação de um grande polo metal-mecânico que se estenderá por uma grande região do Estado até chegar ao polo industrial de Barcarena. O projeto da Alpa deverá mobilizar recursos da ordem de R$ 8 bilhões e gerar cerca de 18 mil empregos diretos. Os efeitos germinativos do empreendimento permitirão também uma grande multiplicidade de investimentos em novos negócios.

No encontro com os dirigentes do Sistema Fiepa, o presidente da Alpa destacou a importância de se manter mobilizado o empresariado paraense em defesa da siderúrgica. “Parece que os problemas já estão sendo resolvidos. O governo anunciou a reinserção da obra (da Alpa) no PAC, mas é preciso acompanhar esta questão de perto. As obras da hidrovia estão nas mãos do governo. Assim que o sistema logístico estiver pronto, começaremos a atuar”, ressaltou José Carlos.

Para beneficiar metade da produção que ficará no mercado local, um polo metal-mecânico está sendo incentivado pelo governo do Estado. “O governo, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), está à frente desse movimento para a estruturação do polo metal-mecânico. Já temos estudos que apontam para a construção de vagões e botijões de gás. Temos condições mais do que favoráveis para montar o nosso polo em Marabá e a Fiepa é fundamental nesse processo”, declarou José Carlos.

O presidente da Fiepa, José Conrado Azevedo Santos, reiterou o apoio da entidade à implantação da Alpa e do polo metal-mecânico. O dirigente do setor industrial considera decisivo o projeto da Alpa para deslanchar mais fortemente a verticalização da cadeia mineral no Pará. “A verticalização é a única saída para o desenvolvimento industrial. Não podemos mais aceitar a condição de simples exportadores de matéria prima. Nossa indústria tem condições de produzir peças manufaturadas e acabadas aqui mesmo, criando mais oportunidades de negócios e de empregos”, enfatizou Conrado.

Sobre as oportunidades de negócios a serem criadas pelos grandes projetos, como a Alpa, Conrado ressaltou a importância de fortalecer o convênio com o programa da federação de desenvolvimento de fornecedores, a Redes. “A Redes atua diretamente com os empresários locais para que eles possam se tornar fornecedores dos grandes projetos. Em 12 anos, o quadro de contratação de serviços e bens de consumo começa a mudar. Antes, quase tudo vinha de fora. Hoje temos um outro cenário e os nossos empresários começam a se apropriar desses investimentos, internalizando as riquezas”.

(Fonte:Diário do Pará)






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