Recursos aplicados em custeio, investimento, armazenagem e comércio agrícola representam alta de 7%
São Paulo - O governo federal oferecerá R$ 107 bilhões para custeio, investimento, armazenagem e comercialização de produtos agrícolas da safra 2011/12, um aumento de 7% em relação à safra anterior.
As taxas de juros praticadas não devem mudar, apesar do cenário de alta para a taxa básica de juros, a Selic. "Lutamos para preservar ao máximo as taxas que temos, o que, com o aumento da inflação, é um ganho real´´, afirmou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Para o financiamento à agricultura familiar, o governo repetirá o valor de R$ 16 bilhões do ano passado. Além da cifra recorde para a agricultura empresarial, adiantada ontem por Rossi em São Paulo, o escopo do chamado Plano Safra está maior neste ano. Novas linhas de crédito contemplarão culturas inéditas no programa, como a cana-de-açúcar e a laranja.
No setor sucroalcooleiro, o objetivo é incentivar a renovação dos canaviais, após dois anos consecutivos de queda na produtividade em um cenário de demanda crescente -tanto por álcool como pelo açúcar.
No caso da laranja, deve ser criada uma linha de crédito para armazenagem de suco, para garantir oferta para o mercado interno. "É um setor que merece atenção; queremos ampliar a presença de suco de laranja na merenda escolar´´, disse.
Rossi disse que o ministério também pretende combater a volatilidade nos preços do suco e garantir o interesse do agricultor pela cultura. "Queremos que o produtor rural tenha um preço mínimo´´, afirmou Rossi, sem revelar detalhes. O plano para a citricultura, disse, deve ser finalizado na próxima semana.
O anúncio oficial do Plano Safra está previsto para a primeira quinzena de junho.
Pecuária
A pecuária também será contemplada com três novas linhas de crédito, destinadas a renovação de pastagens, compra e manutenção de matrizes (vacas) no pasto. Para o secretário de Política Agrícola do ministério, José Carlos Vaz, a próxima safra não deverá ter aumento significativo de área, mas a produção e a renda do agricultor continuarão em alta. A tendência é que os volumes de soja, milho e cana aumentem, estimulados pelos preços praticados.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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