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Sai ordem de serviço para instalação no porto do Pecém do descarregador de minério

A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) deu ordem de serviço para o início da instalação, no Porto do Pecém, do descarregador de minério de ferro que retirará dos navios o insumo para a produção de aço pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) - atualmente, em construção. O material que será descarregado pelo equipamento chegará à usina por meio de uma nova correia transportadora, que, entretanto, ainda está em processo de licenciamento ambiental.

A Tenova do Brasil Equipamentos para Mineração e Manuseio do Materiais Limitada (Tebra), empresa vencedora do processo licitatório realizado pelo governo no ano passado, será responsável pela fabricação, fornecimento, montagem, testes e operação assistida do equipamento. Serão investidos R$ 56 milhões, provenientes do Tesouro do Estado. "Embora o resultado da licitação tenha sido divulgado em 2013, a apresentação de recursos por parte das demais participantes do certame provocou atraso na autorização", explicou a Seinfra, por meio de sua assessoria de imprensa.


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O descarregador será do tipo contínuo (Continuous Ship Unloader - CSU), operando sobre trilhos e com capacidade nominal e 2.400 toneladas/hora de minérios de alta densidade. O equipamento será instalado no berço externo do Píer 1 do Porto do Pecém e o prazo para sua implantação é de 30 meses.

"O projeto será oferecido pela Tebra em parceria tecnológica com a Tenova Itália e Tenova China e compreende uma unidade operacional completa para execução de todas as etapas do processo, desde a elaboração do projeto básico, embalagem, transporte, entrega no local da obra, montagem no Porto do Pecém, testes em vazio, teste com cargas, treinamento de pessoal de operação e manutenção, operação assistida por seis meses, incluindo provimento de todos os equipamentos, materiais, componentes e acessórios requeridos para instalação e operação", informou a Seinfra.

Ainda de acordo com a Secretaria, "o descarregador será projetado para descarregamento de navios de até 125 mil toneladas de capacidade, operando mediante sistema de movimentação por elevadores de caneca (tecnologicamente mais moderno e rápido)".

Um outro descarregador, semelhante, já opera do terminal portuário, sendo usado para a retirada, dos navios, de carvão mineral, matriz energética na termelétrica Energia Pecém e que também será usado pela CSP no processo de produção de aço. Após retirado, o carvão está sendo transportado pela esteira transportadora da térmica.

Correia transportadora
Em julho do ano passado, a correia teve sua licença de operação embargada pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que acatou recomendação do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE).

A medida foi tomada após o Ibama e a Semace terem feito medições sobre a poluição do ar e sonora e identificado que a esteira poderia causar danos, tanto ao meio ambiente quanto à comunidade. Os motivos para isso seriam a dispersão de materiais e o nível de ruídos sonoros no descarregamento de dois navios com carvão mineral.

No fim do ano, contudo, após adequações feitas, o equipamento voltou a operar com aval da Semace, que realizou vistorias na esteira, afirmando que continuará monitorando o funcionamento desta.

Para evitar que o mesmo problema se repetisse, a Seinfra solicitou revisão na licença de operação já emitida pelo órgão para a segunda esteira, que carregará o minério de ferro. De acordo com a assessoria de imprensa da Semace, o licenciamento ambiental ainda está em análise pelo corpo técnico.

A nova correia transportadora foi licitada pelo valor de R$ 220,9 milhões, e será instalada pelo consórcio formado pelas empresas Normatel Engenharia e Koch do Brasil.

Pecém: surpresa e medo

Há um clima de surpresa e de medo no gigantesco canteiro de obras da usina da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Surpresa: executivos da Dong Yong Construtora, que vieram de Seul para a montagem de equipamentos da usina, tomaram um susto, nesta semana.

Descobriram que não há no mercado de trabalho cearense os 40 profissionais soldadores de que precisam. Terão de buscá-los em Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Na usina da CSP será usada a "solda mig", que, depois de feita, tem de passar por um raio-x para verificar se ficou perfeita. O medo: os executivos da Dong Yong souberam que já houve 150 dias de paralisação na obra da CSP. Por isso, revelam: outras empresas coreanas que querem vir ao Pecém estão desistindo.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/Sérgio de Sousa

 






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