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Segunda safra de milho movimenta o mercado de frete marítimo nos portos do Paraná

A exportação dos produtos agrícolas, com destaque para a segunda safra de milho, está movimentando o mercado de frete marítimo nos portos do Paraná. No Porto de Paranaguá o maior crescimento será nas exportações de milho, que entre os meses de julho e setembro, deverá alcançar 2,071 milhões de toneladas, um volume 3.256% maior que as 61,7 mil toneladas do terceiro trimestre de 2021.

Neste terceiro trimestre deste ano, o porto de Paranaguá prevê embarques de 7,233 milhões de toneladas de grãos e farelo de soja, milho e açúcar a granel. O volume é 24% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Entre navios já atracados, programados ou esperados estão, ao todo, 15 embarcações para carregar soja em grão, oito navios destinados ao açúcar a granel, seis embarcações para o farelo de soja e quatro para o milho.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção de milho para esta temporada deve ser recorde no país. Segundo os números divulgados, os produtores da commodity deverão colher na segunda safra 86,1 milhões de toneladas.


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De acordo com o diretor da Fortenave, empresa de agenciamento marítimo que atua em Paranaguá, Ismael Pires, os números podem significar um novo momento para o mercado de frete marítimo.

“Representa a retomada, tendo em vista que nos últimos meses, a menor demanda por parte da China — explicada pelo fechamento dos portos devido à pandemia de Covid-19 - e outros fatores afetaram as exportações de algumas commodities brasileiras”, explica Pires.

Segundo ele, historicamente, no final de julho e início de agosto o mercado de fretes sofre uma certa pressão com viagens de férias de verão no hemisfério norte.

De acordo com previsão da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, no país existe uma tendência de crescimento na movimentação portuária no segundo semestre de 2022.

A estimativa é de que seja movimentado um volume de 631 milhões de toneladas, alta de 2,9% em relação ao segundo semestre do último ano. Mas, os números projetados para o fim do ano mostram estabilidade da movimentação anual em comparação com 2021, totalizando o ano com 1.212 milhões de toneladas movimentadas, quase igualando com o último ano — 1.214 milhões (recorde nacional do setor).

Segundo Pires, há oferta de frete e também de navios e, caso este cenário se mantenha, a tendência é de queda nos preços dos fretes. “Neste momento, considerando que o Brasil vem mantendo os volumes de exportações e importações, naturalmente sendo um dos grandes players na comercialização de commodities, este cenário tem contribuído para a oferta de fretes em declínio”, conclui.






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