De um lado, os operadores não demonstram nenhum interesse em sair do local; do outro, há o aumento do risco de desabamentos e explosões devido à idade do terminal e à multiplicação de pequenos pontos de armazenamento em áreas próximas.
Os tanques de combustível localizados no Mucuripe possuem mais de 30 anos e, segundo especialistas, estão fora das normas internacionais. Os industriais estão preocupados com a situação.
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Especialista em tancagem de portos, o francês Jonathan Royer-Adnot esteve na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e fez um relato sobre os problemas da localização da tancagem de líquidos e GLP no Mucuripe. Ele alertou que, em caso de acidentes, o efeito cascata pode ser devastador para as instalações e o entorno.
Os investimentos são urgentes, mas a reforma do terminal para torná-lo seguro pode custar tanto ou mais do que um novo terminal. Além da questão da segurança, há a possibilidade de desabastecimento. Jonathan ressaltou para os empresários que a capacidade de armazenamento do terminal está com seu volume no nível máximo, necessitando urgentemente de uma ampliação.
O custo de uma semana sem GLP é enorme. A Austrália viveu uma situação como essa em 2008, com uma falha da rede de distribuição de gás. Na época, isso custou U$ 20 bilhões ao país.
FONTE: POVO (CE)