A Wilson Sons, por meio do Tecon Rio Grande, praticamente dobrou as exportações para o Catar de janeiro a novembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve um aumento de 96% nos embarques de contêineres, impulsionados principalmente pelo frango congelado, que respondeu por cerca de 85% de todas as exportações de contêineres.
Somente para o frango processado, foram utilizados 495 contêineres refrigerados, ou 990 TEUs. Além do frango congelado, madeira, móveis e ovos são algumas das mercadorias exportadas para o Catar, totalizando 15.945 toneladas, ou 1.204 TEUs.
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Segundo José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), associação de avicultores do Rio Grande do Sul, além de outros fatores, a crescente demanda por frango congelado se deve à sua qualidade no cenário internacional. “Isso é reflexo da preferência pela avicultura brasileira, em especial a gaúcha, que está entre os três maiores exportadores e produtores do Brasil. Vemos demanda de países do Oriente Médio, da Ásia e da Europa, principalmente porque a gripe aviária vem se espalhando pelo mundo e isso acaba restringindo o fluxo comercial de outros países como o Catar”, explica Santos.
O executivo destaca ainda que a Copa do Mundo influenciou esses resultados, já que o número de consumidores na Ásia Continental aumentou consideravelmente. No entanto, Santos acredita que as oportunidades não acabaram com o fim do torneio. “A preferência por produtos brasileiros, como a carne de frango, é uma tendência que já vem sendo observada ao longo dos anos, já que o Brasil abasteceu não só o Catar, mas também muitos outros países vizinhos. Para nós, isso é muito positivo, pois nosso objetivo é continuar prospectando mercado e exportando aves da marca gaúcha para conquistar a fidelidade dos importadores”, afirma.