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Terminais do retroporto ganham sistema próprio de agendamento

Organizar e padronizar os procedimentos de retirada e entrega de contêineres vazios são os objetivos do sistema de agendamento criado pela Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC). Por enquanto, o software é utilizado apenas em uma instalação especializada na movimentação e armazenagem de caixas metálicas sem carga (depots), localizada no Porto de Santos, mas já há entendimentos para aplicá-lo em outras empresas.

O Sistema Eletrônico de Agendamento - Depot (Sead-d) começou a ser desenvolvido em 2009. Em dezembro do ano passado, passou a ser utilizado na Grieg Retroporto, que fica na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto.

De acordo com o gerente executivo da ABTTC, Wagner Rodrigo Cruz de Souza, além de diminuir o tempo de espera para o acesso de caminhões aos terminais retroportuários, a ideia é organizar a chegada dos contêineres e ainda todo o fluxo logístico necessário para a operação. Outro ponto que é considerada uma vantagem do sistema é a possibilidade de prever a movimentação da instalação para os próximos dias.

“O sistema de agendamento também oferece dados que podem ser utilizados para verificar se há a necessidade de o depot operar durante 24 horas”, explicou o gerente da associação empresarial.

O software permite que os depots agendem retiradas e entregas de contêineres vazios em janelas de uma hora. Trata-se de um banco de dados único, que pode ser usado por transportadoras de carga, cooperativas ou associações de caminhoneiros.

Cada empresa responsável pelo transporte do contêiner deve cadastrar usuários, que poderão utilizar o sistema. Na hora da inserção dos dados, é preciso indicar quantos caixas metálicas serão entregues ou retiradas e ainda dados do motorista que será escalado para o serviço. No caso dos contêineres refrigerados, até a temperatura que deve ser mantida no equipamento tem de ser especificada.

As informações inseridas geram um formulário, que apresenta um código específico para cada atividade. Ele é entregue ao caminhoneiro, que deve levá-lo ao gate de entrada do terminal para que seu acesso seja liberado.
Plano da ABTTC prevê expandir o sistema para outras empresas retroportuárias que operam contêineres

Otimização

Segundo o gerente administrativo da Grieg Retroporto, Luiz Belarmino de Souza, a utilização do sistema da ABTTC ajudou a otimizar as operações do terminal, que é especializado na movimentação de contêineres vazios.

No entanto, Souza explica que ainda é preciso inserir a cultura do agendamento na mentalidade dos envolvidos na atividade retroportuária. “Tivemos casos de transportadoras que entregaram o agendamento para o caminhoneiro marcado para 15 horas, mas ele resolveu chegar de manhã. Na primeira vez nós alertamos e até atendemos, mas na próxima, ele teve que esperar a hora marcada”, explicou o gerente administrativo.

Atualmente, a Grieg opera uma média de 8,5 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por mês. Mas nem sempre essa marca é atingida, já que tudo depende do volume de movimentação de cargas do cais santista.

A meta da empresa é fazer com que cada caminhão que chega ou sai com contêineres vazios seja atendido em um limite de 15 minutos. “Este é um tempo mais do que suficiente para o período entre a chegada no gate e a saída. Com isso, conseguiremos uma média de 100 a 150 movimentos por dia”.

Próximos passos

Diante da boa aceitação da Grieg e das transportadoras que prestam serviços ao terminal retroportuário, a ABTTC pretende estender o serviço de agendamento de contêineres vazios a outros depots do Porto. Por enquanto, a estratégia é mostrar as vantagens do serviço às instalações retroportuárias.

“Temos também um plano de trabalho para (incluir) os Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), ainda embrionário, mas já sabemos que não serão necessárias muitas alterações”, explicou o gerente executivo da ABTTC.

Redex são instalações alfandegadas voltadas à exportação. Nelas, são feitos serviços de estufagem (carregamento) de contêineres e a entrega das caixas metálicas aos terminais portuários. Por isso, uma das alterações que deverão ser feitas no sistema de agendamento é a criação de um campo para a recepção de cargas fracionadas que serão acondicionadas nos cofres.

Fonte: A Tribuna On line/Fernanda Balbino






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