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Ternium desiste de usina no Porto do Açu

A LLX anunciou na sexta-feira que a ítalo-argentina Ternium desistiu de construir uma usina siderúrgica ou pelotizadora no Porto do Açu, projeto da empresa de logística no Rio de Janeiro. Mais uma notícia desfavorável para as empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista.

As ações da Siderúrgica do Norte Fluminense (SNF), sociedade responsável pela implantação do empreendimento, serão repassadas para a LLX Açu Operações Portuárias. Essa transferência, porém, ainda depende de aprovação regulatória e de ambas as partes.

O presidente do LLX, Marcus Berto, afirmou que a decisão da Ternium não impacta o plano de negócios da companhia de logística. A saída do projeto do Açu, segundo a empresa, já era esperada. "Com a retração do mercado siderúrgico nos últimos anos, o modelo de negócios da LLX está sendo revisto. Logo, a decisão da Ternium em não instalar uma usina siderúrgica no Superporto do Açu não altera o desenvolvimento do empreendimento", disse Berto, em nota. A empresa reiterou que o porto deve iniciar a operação neste ano.

A companhia de logística ressaltou que já busca alternativas à área que seria utilizada pela Ternium. O local possui cerca de 13 quilômetros quadrados, próximo ao terminal TX2, de acordo com fato relevante.

Em 14 de agosto, a LLX divulgou a assinatura de Termo de Compromisso com o grupo EIG para investir R$ 1,3 bilhão, por meio de operação privada de aumento de capital. A LLX estima assinar o contrato de investimento antes do fim do mês. Essa operação que tira Eike do posto de controlador da empresa.

Ainda na sexta-feira, a diretoria da petrolífera OGX decidiu exercer a opção que possui contra seu controlador, Eike Batista, para que ele subscreva novas ações da companhia no total de US$ 1 bilhão. A "put" prevê o desembolso imediato pelo empresário de US$ 100 milhões.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que o saldo do aporte de capital vai depender das necessidades adicionais de caixa. Quem determinará o valor a ser exigido será a administração, diz o texto.

Por meio da "put", a OGX obriga Eike Batista a adquirir novos papéis da companhia ao preço de R$ 6,30, até o máximo de US$ 1 bilhão. O preço da ação na bolsa no fechamento de sexta-feira foi de R$ 0,52, com alta no dia de 26,83%, enquanto o Ibovespa subiu 2,67%.

O Valor apurou que o empresário não deverá honrar a aporte exigido pela diretoria da OGX. A EBX, holding do grupo, vai avaliar as condições da "put". Pessoas familiarizadas com o assunto avaliam que o contrato entre a OGX e Eike possui lacunas, o que torna o seu exercício, nas condições solicitadas pela administração, impraticável. Além disso, o contrato não é de execução automática e o empresário pode contestar o pedido.

Como havia adiantado o Valor Pro, serviço em tempo real do Valor, no dia 3, o empresário tunisiano Aziz Ben Ammar deixou o cargo de membro do conselho de administração da MMX, mineradora do grupo EBX. Ammar havia sido eleito para o conselho em 30 de abril. Ele integrava também o conselho de todas as empresas do grupo EBX, e da própria holding. Há duas semanas ele deixou o conselho da LLX e, na sexta-feira, a OGX também anunciou sua saída. (Colaborou Tatiane Bortolozi, de São Paulo)

Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás, Graziella Valenti e Marta Nogueira | De São Paulo e do Rio


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