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WTorre foi quem deu início à construção do dique seco, em Rio Grande (RS)

O grupo WTorre, que fechou negócios com fundos de pensão de estatais e com a Petrobras, foi um dos clientes da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A empreiteira também fez doações de campanha a Palocci (R$ 119 mil), em 2006, e a Dilma Rousseff (R$ 2 milhões), no ano passado. Um dos negócios da WTorre com a Petrobras foi a construção do dique seco do Estaleiro Rio Grande, que está construindo plataformas para o pré-sal.

A WTorre fechou negócios com os fundos e com a Petrobras entre 2006 e 2010, quando o hoje ministro da Casa Civil ainda não estava no governo, já que era deputado federal pelo PT (2007-2010) e sua empresa, a Projeto, estava ativa como consultoria. Esses negócios são avaliados em R$ 1,3 bilhão - com Petrobras e os fundos de pensão Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil). O grupo WTorre diz manter ativos de R$ 4 bilhões em 200 projetos.

Em nota, a WTorre informou que "confirma ter contratado a Projeto para prestar consultoria num assunto corporativo, a respeito do qual a empresa se reserva o direito de não comentar". A construtora, que pertence a Walter Torre Júnior, não revela quanto pagou. Também em nota, a assessoria da Projeto disse que seus contratos têm "cláusula de confidencialidade que não lhe permitem revelar os nomes dos seus clientes".

Petrobras
Em fevereiro de 2010, a empresa vendeu o complexo WTorre Nações Unidas, numa das regiões mais caras de São Paulo, à Previ. Pouco antes, em 17 de dezembro de 2009, uma das controladas da WTorre celebrou acordo para alugar parte do Centro Empresarial Senado, no Rio, ainda em projeto, à Petrobras, um negócio de R$ 650 milhões. O complexo abrigará escritórios da petroleira.

Em outro negócio, a companhia negociou com o Funcef e à Engevix Engenharia R$ 410 milhões em ações do estaleiro Rio Grande (RS). A WTorre agora é responsável pela obra do estádio do Palmeiras e figura na composição da controladora da concessionária que administra o trecho paulista da rodovia BR-153. No segundo caso, ela pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres sua saída.

Eleições
A maior parte das doações a campanhas eleitorais feitas pela empresa beneficiou candidatos petistas, mas também houve aporte para o tucano José Serra (R$ 300 mil), adversário na disputa.

(cFonte: Jornal Agora (RS)/ Folhapress)






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