O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta sexta-feira que a nova política de preços de combustíveis cobrados nas refinarias, anunciada hoje, foi baseada "na paridade internacional de preços". Fatores como câmbio e o comportamento dos rivais de mercado serão levados em consideração pelo grupo formado para analisar os reajustes vai se encontrar mensalmente e levará em consideração.
"A Petrobras tem que se recuperar, virar o jogo de todos os problemas que ela passou", afirmou. "Esta é a orientação expressa que foi dada", disse Parente aos jornalistas.
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Durante a entrevista coletiva, na sede da Petrobras, Parente disse que levou em conta, principalmente, o movimento de importações de diesel e também da gasolina. A gasolina vendida pela Petrobras entre janeiro e setembro teve recuo de participação de mercado de 4% ante mesmo período de 2015; a fatia do diesel recuou 14% no período.
Parente avalia que o mercado irá receber bem a nova política de preços da companhia. "Ter uma política mais clara e a adoção desse mecanismo de reuniões pelo menos mensais, sem dúvida nenhuma dará uma transparência maior, vai ser muito bem vista, não apenas pelo mercado e pelo consumidor, mas porque permite maior previsibilidade", disse.
O presidente da Petrobras, no entanto, afirmou que o repasse aos consumidores pode variar porque é a política de cada distribuidora que definirá quando e como esse reajuste chegará às bombas.
Ao lado de Parente durante a apresentação, o diretor financeiro e de relações com investidores, Ivan Monteiro, destacou que a nova política de preços não altera meta de relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2,5 vezes.
"O impacto nas contas da companhia tem que ser considerado olhando não apenas os preços de venda, mas também o de market share, utilização da capacidade das refinarias. Existem uma série de fatores que olhamos quando tomamos essa decisão, que está perfeitamente de acordo com o nosso planejamento estratégico e, portanto, não coloca em risco as metas", disse o presidente da Petrobras.
Fonte: Valor