A Operação Lava Jato é altamente meritória e sem dúvida entra para a história. Saber-se que um simples gerente de estatal resolve devolver em torno de US$ 100 milhões é algo fantástico. Mas a imprensa deveria manter bom senso e, principalmente, um pouco de isenção. Há dias, apareceu uma denúncia que deveria merecer um registro de pé de página, se tanto, e não manchetes.
Um tal de Felipe teria pedido ao doleiro Yousseff alguns milhões para campanha de Dilma. O suposto intermediário não tem sobrenome e, pasmem, o dinheiro não foi liberado, nem sequer houve gestões para isso. É o que se chama de antinotícia. Apesar disso, houve ampla divulgação. É algo comparável a dizer que o plano de Hitler não era invadir a Rússia, mas a Índia. Pura cultura inútil, mas que ganhou quase uma página inteira da Folha de São Paulo.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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