Desde a crise de 2008, houve poucos momentos de euforia, no Brasil e no mundo, com enorme predominância das notícias negativas. Crises na Grécia, Espanha e Portugal e, por aqui, a quebra do grupo X. Até na China, que cresce mais de 7% ao ano, há informes de preocupação com inflação e queda na demanda por produtos primários, como soja e minério, o que afeta diretamente o Brasil. Mas, nesta quarta-feira, vieram boas novas do banco central norte-americano, o Fed. Não importa que, por achar que os mercados ainda estão fracos, a instituição decidiu não reduzir o estímulo econômico. Com isso, o mundo respirou aliviado. No Brasil, a Bovespa teve boa alta e o dólar continuou sua trajetória recente de declínio.
É claro que persistem todas as preocupações de antes. A economia norte-americana dá sinais de rejuvenescimento, mas a Europa continua cheia de problemas. A Rússia é um mundo à parte, com suas próprias questões e sua alta produção de petróleo. A Ásia chama a atenção pela eficiência, mas depende dos mercados consumidores, que são Estados Unidos, Europa e o resto do mundo. Pelo menos por algum tempo, voltam os sorrisos para os jovens de ternos pretos dos mercados financeiros. E para o pessoal do Ministério da Fazenda e do nosso BC.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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