O Banco do Nordeste (BNB), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (Mdic) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), está participando da formatação de um programa de apoio técnico e financeiro para implantação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) do Nordeste, locais onde as empresas podem exportar seus produtos com isenção de impostos e liberdade cambial.
No Ceará, o início das obras de infraestrutura da ZPE do Pecém está previsto para o próximo dia 17 de junho. O processo de implantação deve ser concluído em um prazo de 17 meses. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a ZPE do Pecém terá perfil para abrigar uma usina siderúrgica, indústria têxtil, de calçados, móveis, processamento de peixes, produtos alimentares e cerâmicos, granito e eletroeletrônicos.
Potencial
Segundo o diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar Júnior, as ZPEs do Nordeste têm potencial para receber investimentos de diferentes portes e em variados setores de atividade. Conforme avalia, somente as dez ZPEs previstas à região têm capacidade de atrair, em média, U$ 400 milhões, cada uma em investimentos e a do Ceará, especificamente, teria potencial de atrair entre US 1 bilhão e US 1,5 bilhão, em cinco anos.
"Nesse sentido, ele informou que, em agosto próximo, o BNB irá promover um seminário para mostrar às empresas nacionais e internacionais as oportunidades e disponibilidades de crédito e condições de financiamento da instituição. O objetivo, explica, é atrair e captar empresas que queiram se instalar nas ZPEs, do Nordeste.
Competitividade
Ele destacou ainda, um conjunto importante de fatores que credenciam as ZPEs nordestinas a se tornarem, em curto prazo, mais competitivas em relação às outras existentes no mundo. Dentre estes fatores, estão a localização privilegiada próxima aos grandes mercados mundiais, o clima favorável, a estabilidade geológica, devido à ausência de vulcões, furacões e terremotos, além dos grandes projetos estruturantes em andamento nas áreas produtivas e de infraestrutura.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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