"O Ceará, mesmo com toda essa crise no mundo ocidental, vai terminar 2011 superando a marca obtida em 2010 no comércio internacional. Com a conjuntura local apontado para 2012 como um ano bem melhor que o atual. A razão para essas hipóteses recai sobre o fato de que a indústria siderúrgica em construção no Pecém, ainda que não esteja funcionamento, já mobiliza mão-de-obra especializada em áreas que antes não existiam no Estado. Por conta da montagem do empreendimento, também existem investidores interessados em construir empresas para fornecer ou comprar produtos que venham a ser produzidos pela usina.
Importância da CSP
Mesmo que a princípio a produção seja voltada para exportação, este é um movimento que tende naturalmente a acontecer. A siderúrgica não vai fabricar tudo. Embora incompleta (sem a laminação), ela deve ceder parte do aço para ser transformado, que será depois devolvido para ela para uso em seus clientes finais.
Outra questão a considerar é que estamos vivendo o século da Ásia e da África. Não se ouve dizer que os governos de países como o Vietnã e do Camboja, por exemplo, estejam preocupados com as bolsas. Portanto, está na hora do Ceará apostar nesses continentes.
De olho na África
No caso da África, o que se pode afirmar é que aqueles países, para se desenvolverem, precisarão abrir suas economias para que se possa investir lá. Os países africanos de língua portuguesa estão perdendo tempo. Mas as ex-colônias inglesas e alemãs já estão abrindo espaço. Um ponto que pesa a favor das exportações locais é que vivemos de exportar o essencial. Ocupamos a primeira colocação no País nas exportações de frutas e o segundo em calçados. Se listarmos os seis primeiros produtos da pauta cearense, veremos que são itens que a população mundial vai fazer um esforço para continuar consumindo. Ninguém pode deixar de comer, de vestir. Para o primeiro trimestre de 2012 está prevista uma missão coreana aqui. Precisamos deixar de lado quem está nessa crise e investir em novos espaços. Essa é a regra".
Itens Essenciais
Um ponto que pesa a favor das exportações locais é que se vive de exportar produtos considerados essenciais, como frutas e calçados
No caso da África, o que se pode afirmar é que, para se desenvolver, precisará abrir sua economia, com o intuito de que se possa investir lá
Fonte: Diári do Nordeste (CE)
PUBLICIDADE