O conselho de administração da Metalúrgica Gerdau, controladora da Gerdau, aprovou na noite de ontem (7) uma permuta de ações com o banco BTG Pactual. Com o aumento de participação em papéis com direito a voto (ONs) da controlada, a Metalúrgica Gerdau estenderá a possibilidade de permuta a todos os acionistas da companhia siderúrgica.
No acordo firmado ontem, a Metalúrgica trocará 34,2 milhões de ações ordinárias da Gerdau detidas pelo BTG Pactual por 33,36 milhões de papéis preferenciais da controlada. Com a troca, a Metalúrgica passará a deter 84,4% das ações ordinárias da Gerdau.
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Com o aumento da fatia detida pela Metalúrgica no capital ordinário da Gerdau, a controladora irá submeter à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em até 30 dias, pedido de registro de oferta pública de aquisição (OPA) de ações por aumento de participação. Nesta operação, será oferecido aos detentores de ações ordinárias da Gerdau a possibilidade de troca por papéis preferenciais da companhia, detidos atualmente pela Metalúrgica, na proporção de 1 para 1.
“Considerando a média ponderada de negociações das ações preferenciais e ordinárias de emissão da Gerdau nos últimos 60 dias, bem como a média ponderada destas mesmas ações nos últimos cinco pregões, a relação de permuta consiste em um prêmio de 40% e 41%, respectivamente, aos acionistas que decidirem aderir à OPA”, informou a Metalúrgica Gerdau em fato relevante entregue à CVM.
Alta de 1,4% na indústria interrompe sequência de 34 meses em queda
A alta de 1,4% na produção industrial em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2016 interrompeu uma sequência de 34 meses consecutivos de quedas, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira.
O último resultado positivo havia sido registrado em fevereiro de 2014, quando a produção avançou 4,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O crescimento de janeiro de 2017 foi ainda o mais elevado para o mês desde 2013, quando a indústria teve expansão de 6,5%.
O resultado positivo do indústria ocorre após a divulgação, na terça-feira, do balanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2016, que fechou em queda de 3,6%. Na comparação com dezembro do ano passado, no entanto, o setor caiu 0,1% em janeiro.
Bens de capital
A produção da indústria de bens de capital caiu 4,1% em janeiro ante dezembro de 2016, informou o IBGE. Na comparação com janeiro de 2016, o indicador mostrou avanço de 3,3%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF). No acumulado em 12 meses, houve redução de 7,9% na produção de bens de capital.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 0,3% na passagem de dezembro para janeiro. Na comparação com janeiro de 2016, houve avanço de 2,3%. No acumulado em 12 meses, a produção caiu 4,8%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de janeiro foi de redução de 7,3% ante dezembro e alta de 3,2% em relação a janeiro de 2016. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve crescimento na produção de 3,1% em janeiro ante dezembro e elevação de 2,1% na comparação com janeiro do ano passado.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve alta de 0,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, houve aumento de 0,8%. No acumulado em 12 meses, ainda há queda de 5,5%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria apontou avanço de 0,9% em janeiro.
Revisões
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de dezembro de 2016 ante novembro do mesmo ano de 2,3% para 2,4%. Houve revisão ainda na produção de bens de capital no período, que passou de -3,2% para -3,8%.
O instituto revisou também a produção de bens de consumo duráveis em dezembro ante novembro, que saiu de 6,5% para 7,4%, enquanto a taxa dos bens de consumo semi e não duráveis passou de 4,1% para 4,2%.
Fonte: clickrbs