BRASÍLIA - A crise política entre o Brasil e os Estados Unidos, que culminou na decisão da presidenta Dilma Rousseff de desmarcar a visita que faria à América do Norte em outubro, não trará alteração significativa à dinâmica econômica entre os países. A avaliação é do professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília Antônio Jorge. Segundo ele, há uma relação tensa, mas consolidada no aspecto comercial.
O especialista também não acredita em sanções aos norte-americanos em concorrências. – O nosso interesse é que haja a maior competição possível. Na questão do petróleo, em que o afã nacionalista fala mais alto, as empresas mais competitivas são as americanas. Temos que pensar que esse é um mundo em que empresas estão tentando invadir o site de governos e de outras empresas permanentemente – avalia Jorge.
O especialista acredita ainda que o tema de um possível acordo comercial com os norte-americanos já dispunha de pouco espaço para avançar antes do escândalo da espionagem vir à tona.
Em oposição à opinião do especialista, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, acredita que a crise política trará, sim, impactos econômicos:
– Pensando como empresário, daria todo o apoio para que houvesse um acordo [comercial]. Não seria completamente amplo, mas um ponto de partida. É um mercado fundamental.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
PUBLICIDADE