Entre as oportunidades de aquisição em estudo, a AES Tietê está focada em projetos eólicos com contratos de compra e venda de energia (PPA) de longo prazo, afirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Ítalo Freitas.
Já no caso dos projetos “greenfield”, construídos do zero, a intenção é explorar tanto a fonte eólica quanto a solar. “Queremos ser a principal opção do cliente no mercado livre”, disse, em teleconferência de resultados.
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O executivo comentou ainda que a Tietê já trabalha para estruturar projetos de parques híbridos, otimizando a geração com as fontes eólica e solar na mesma área. “O primeiro parque a ser hibridizado tende a ser Alto Sertão II”, afirmou.
Risco hidrológico
A AES Tietê tem a expectativa de reconhecer os valores da repactuação do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) já no exercício do quarto trimestre de 2020.
Em teleconferência de resultados, o presidente da companhiaavaliou que o processo para resolver definitivamente o imbróglio tem evoluído rapidamente, mas ressaltou que algumas questões precisam ser melhor esclarecidas. Entre os pontos levantados na consulta pública sobre o tema, ele destacou a forma de atualização do capital dispendido, a identificação de restrições do escoamento da energia de Belo Monte e a regulamentação da geração fora da ordem de mérito por restrição elétrica.
“Estamos ansiosos. Esperamos uma boa resolução, favorável aos dois lados”, disse.
Segundo cálculos preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Tietê teria direito a uma compensação financeira de R$ 636,31 milhões se aderir à repactuação do GSF.
Sobre os desembolsos das geradoras com saldos em aberto na CCEE, que Ítalo Freitas disse que ainda não há clareza sobre como esses pagamentos serão feitos. Na sua visão, isso deverá ser definido depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentar os valores finais que cada agente teria direito a receber.
Fonte: Valor