Em um cenário de excesso de oferta de aço no mundo, de competição acirrada pelas importações chinesas e turcas e consequente aperto de margens, o grupo Gerdau começa a implementar uma estratégia centrada no que chama de "compartilhamento de expertises". O objetivo é garantir mais valor ao aço e não a quantidade vendida - modelo que prevaleceu até 2008, quando o grupo cresceu com aquisições e investimentos até ser o líder nas Américas em aços longos.
"Hoje, o caminho é outro. A estratégia inclui três pilares: mudança no modelo de gestão, revisão da cultura empresarial e revisão do portfólio de negócios", disse ao Valor o presidente do grupo, André Gerdau Johannpeter.
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Nessa visão enquadra-se a joint venture anunciada ontem com as japonesas Sumitomo e The Japan Steel Works (JSW). Elas investirão R$ 280 milhões para a aquisição de equipamentos e a Gerdau entrará com ativos para produção de cilindros, sem desembolsar caixa. O empreendimento ficará dentro da usina da Gerdau em Pindamonhangaba (SP), que fornecerá aços especiais para a produção de peças para torres de geração de energia eólica e cilindros para a indústria do aço e do alumínio.
Fonte: Valor