Puxadas por soja e derivados, as exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 6,4 bilhões em abril, 16,2% mais que no mesmo mês de 2009, segundo dados da Secex organizados pelo Ministério da Agricultura. Como as importações cresceram 46,4% na comparação, para quase US$ 995 milhões, o superávit da balança setorial aumentou apenas 12%, para US$ 5,4 bilhões. A disparada das importações foi determinada pelo trigo, cujas compras brasileiras no exterior custaram US$ 125 milhões, 20% mais que em abril do ano passado.
Com os resultados, as exportações somaram US$ 20,9 bilhões no primeiro quadrimestre de 2010, 15,5% acima do total de igual intervalo de 2009. Também nesta relação as importações cresceram mais, 29,7%, e ficaram pouco acima de US$ 4 bilhões, deixando como resultado um incremento de 12,4% no saldo positivo do setor (US$ 16,8 bilhões).
O complexo soja (grão, farelo e óleo) manteve-se como líder nas exportações do agronegócio, com US$ 4,8 bilhões de janeiro a abril - 3,8% acima do mesmo período de 2009, que também foi forte para o segmento graças à quebra da produção argentina e a superaquecida demanda da China. As carnes (bovina, de frango e suína) vêm em seguida, com embarques totais de US$ 4,1 bilhões no primeiro quadrimestre, alta de 18,7%. Em boa medida, a alta reflete preços melhores de venda, já que em 2009 o segmento foi um dos que mais sofreram com os reflexos da crise financeira internacional.
Produtos florestais e açúcar e etanol registraram fortes incrementos das exportações de janeiro a abril. No complexo sucroalcooleiro, os preços também ajudaram.
Fonte: Valor Econômico/ Fernando Lopes, de São Paulo
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