A Opep+ reduziu de forma acentuada suas exportações de petróleo na primeira quinzena de maio, de acordo com empresas que monitoram os embarques, sugerindo um forte início para o cumprimento de um novo acordo para cortes de oferta.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Rússia e outros aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, estão reduzindo o bombeamento em um recorde de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) desde 1º de maio, visando compensar as quedas no preço e na demanda causadas pela pandemia de coronavírus.
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A Kpler, uma companhia que monitora os fluxos de petróleo, disse que as exportações da Opep+ por via marítima recuaram em 6,3 milhões de bpd em relação ao mês anterior, rumo à marca de 27 milhões de bpd, e classificou a queda como uma “impressionante reversão” ante abril, quando os produtores bombearam à vontade.
A Petro-Logistics, outra empresa que monitora navios-tanque, estimou que os produtores reduziram exportações em 5,96 milhões de bpd nos 13 primeiros dias de maio, comparando com as médias de abril — um declínio “massivo”, disse a empresa em um tuíte.
Desse volume, a queda nas exportações somente da Opep foi de 4,85 milhões de bpd nas duas primeiras semanas do mês, disse à Reuters o presidente-executivo da Petro-Logistics, Daniel Gerber.
Segundo a Kpler, a Arábia Saudita é o país que apresentou o maior recuo, com média de 7,26 milhões de bpd, queda de 2,24 milhões de bpd na comparação mensal. A Rússia também fez uma grande redução, de 922 mil bpd. Kuweit e Emirados Árabes Unidos são outros países com grandes cortes.
Por outro lado, o Iraque reduziu exportações em 265 mil bpd, afirmou a Kpler, sugerindo que o segundo maior produtor da Opep precisa fazer mais para cumprir totalmente a promessa de cortar 1,06 milhão de bpd.
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