A gigante petrolífera Pemex afirmou na última sexta-feira (20), em entrevista à “Dow Jones Newswires” e ao “Wall Street Journal” que gostaria de uma abertura por parte do governo do México para a entrada de parceiros da iniciativa privada. Porém, segundo a empresa, a reforma não é necessária para que seu crescimento continue.
Fechar acordos com grandes estrangeiras como a Exxon Mobil e a Chevron “seria ótimo” para permitir que a estatal comece a perfurar mais poços e avance mais rapidamente em seus projetos, de acordo com Juan José Suárez Coppel, diretor-geral do grupo. “Mas ainda há muito o que podemos fazer”, disse.
O executivo apresenta a demanda da Pemex semanas após a eleição presidencial em seu país. Durante a campanha, o vencedor do pleito, Enrique Peña Nieto, declarou apoio ao fim do monopólio de exploração e produção de petróleo da empresa. Mas esta mudança precisa de uma alteração na constituição mexicana.
Suárez Coppel pediu, durante a entrevista, melhoras na governança corporativa da estatal. Ele gostaria que a nova administração apontasse um presidente-executivo para o grupo, bem como estabelecesse um quadro de diretores para deixar a companhia funcionar livre de interferências políticas.
“Temos muitos cozinheiros nesta nossa cozinha”, opinou. “É bem difícil ter uma empresa ágil e focada com um cenário como este”, completou o executivo. Mesmo assim, o diretor negou que a Pemex seja uma companhia em crise, como analistas vêm acusando. Ele aponta o sucesso da exploração em águas profundas como evidência do contrário.
No ano passado, a estatal mexicana produziu 2,55 milhões de barris por dia de óleo equivalente (BOE), bem abaixo do nível observado em 2004, que havia sido de 3,4 milhões de BOE, de acordo com Suárez Coppel.
Fonte: Dow Jones Newswires
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