A Petrobras e a Vale enxergam oportunidades para ampliar a cooperação entre Brasil e China, principalmente na área tecnológica, apontaram executivos de ambas as companhias durante a edição on-line da Feira Internacional para Comércio de Serviços China-Brasil, organizada pela Embaixada da China e pelo Consulado-Geral da China no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (10).
De acordo com Márcio Senne, gerente-executivo de relações externas da Vale, a China é um mercado estratégico para a mineradora e pode ampliar sua importância no futuro não apenas para minério de ferro, como também níquel e cobalto, devido ao seu uso em baterias de veículos elétricos. Em 2019, a China foi o destino de cerca de 60% dos embarques de minério da Vale, além de representar 48% das receitas operacionais da empresa.
“Precisamos continuar trabalhando em conjunto para fortalecer os laços de cooperação”, comentou o executivo.
Já o gerente-executivo do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, Juliano Dantas, explicou que a petroleira está aberta a fechar parcerias na área de inovação. No momento, as pesquisas da companhia estão voltadas principalmente para os segmentos de energias renováveis, aumento da eficiência no downstream (refino e gás e energia) e logística, além da otimização de tempo nas atividades exploratórias.
“Temos o interesse em ampliar laços, sempre calcados em entrega de valor. Estamos abertos a parcerias com empresas que queiram se engajar nesse processo de aumento de produtividade”, explicou Dantas.
A China também é o maior mercado consumidor do óleo bruto brasileiro, sendo destino de mais de 60% das exportações da commodity no ano passado. Em junho de 2019, a Petrobras inaugurou um novo espaço de tancagem para óleo bruto no porto chinês de Qingdao. A petroleira brasileira tem, hoje, acesso a quatro tanques na área, numa capacidade total de 2 milhões de barris.
Fonte: Valor
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