SÃO PAULO - A produção global de aço bruto, considerando-se os 66 países que informam seus dados à Worldsteel Association, entidade que reúne as 150 principais fabricantes do insumo no mundo, totalizou 127,7 milhões de toneladas em janeiro, com queda de 7,1% na comparação com janeiro de 2015.
O recuo foi puxado pelo menor volume produzido na China, mas outros países com relevância para a indústria siderúrgica mundial, entre os quais Japão, Estados Unidos, Rússia e os da União Europeia, também tiveram desempenho negativo nessa base de comparação.
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Frente a dezembro, porém, houve crescimento de cerca de 0,8% na produção de aço. Com isso, o uso da capacidade instalada na siderurgia global ficou em 66% em janeiro, com alta de 0,8 ponto percentual frente a dezembro e queda de 5,8 pontos ante janeiro de 2015.
Na China, maior produtora mundial do insumo, a produção em janeiro foi estimada em 63,2 milhões de toneladas, 7,8% abaixo do volume alcançado um ano antes. O Japão, por sua vez, produziu 8,8 milhões de toneladas de aço em janeiro, com recuo de 2,8%, enquanto a produção na Coreia do Sul caiu 4,5%, para 5,7 milhões de toneladas. A Índia teve desempenho negativo mais moderado, com baixa de 1,2%, a 7,4 milhões de toneladas.
Na União Europeia, conforme a Worldsteel, a Alemanha produziu 3,6 milhões de toneladas de aço no mês passado, com retração de 2%, e a Itália reduziu em 5,3% o volume de aço produzido, para 1,8 milhão de toneladas. Na Espanha, o declínio chegou a 9,5%, para 1,2 milhão de toneladas.
Na contramão, a produção de aço na Turquia subiu 0,8% em janeiro, para 2,6 milhões de toneladas. Já a Rússia mostrou declínio de 10,6%, para 5,6 milhões de toneladas, e na Ucrânia a baixa foi de 3,6%, para 1,9 milhão de toneladas.
Os Estados Unidos ficaram em 6,6 milhões de toneladas produzidas de aço bruto em janeiro, com retração de 8,8%.
No Brasil, cujos dados já foram divulgados pelo Instituto Aço Brasil, a baixa foi de 17,9%, para 2,5 milhões de toneladas.
No ano passado, a produção mundial de aço bruto caiu 2,8%, para 1,62 bilhão de toneladas, influenciada principalmente por menores volumes na Europa e nos Estados Unidos.
Fonte: Valor Econômico\Por Stella Fontes