A seca no Rio Paraguai, que é percebida no Brasil, atinge mais fortemente a extensão do rio no país vizinho e tem exigido que as transportadoras reduzam para entre 20% e 30% do volume normal a carga de grãos em cada barcaça.
“Há degraus que mal chegam a 3 metros de profundidade no rio, e isso dificulta a passagem de navios com soja e milho”, disse Juan Carlos Muñoz, vice-presidente do Centro de Armadores Fluviais do Paraguai, à rádio La Unión.
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Na capital do país, Assunção, a água baixou 3 centímetros ontem e ficou em apenas 0,06 metros, segundo o jornal ABC Nacionales, citando dados do departamento de hidrologia do país. Em Villeta, o nível do rio estava em 0,2 metros ontem, 3 centímetros menos que no domingo.
O problema é que as perspectivas não são animadoras e afligem os exportadores paraguaios. “As previsões não são animadoras. Está chovendo no sul, mas de forma escassa. Espero que seja útil para a semeadura, porque é o momento em que começa a ser plantada a soja, nosso principal produto de exportação”, completou Muñoz à rádio.
As previsões indicam chuvas no leito e extensão do rio apenas a partir de outubro.
Fonte: Valor