Empresa catarinense comprou duas fundições no México
A Tupy anunciou, nesta quarta-feira, o investimento de US$ 439 milhões na compra de duas fundições no México: a Cifunsa e a Technocast. O negócio transforma a empresa joinvilense em líder mundial em fabricação de blocos e cabeçotes de ferro fundido.
Ainda era madrugada de quarta-feira no Brasil quando os vice-presidentes da companhia, Roberto Heeren e Luis Carlos Guedes assinavam na Cidade do México o documento de compromisso de compra. Na unidade joinvilense, a notícia foi recebida com satisfação pelo presidente Luiz Tarquínio Sardinha Ferro.
A transação começou a ser negociada há mais de um ano, quando a Tupy retomou o projeto de expansão adiado durante a crise de 2008.
— Estamos dando um passo que fortalece essa natureza internacional da empresa, com o adendo de que nós vamos não somente ter que administrar clientes, mas vamos ter que administrar operações de manufatura na América do Norte. O nossos negócios, exigem cada vez mais que seus fornecedores tenham capacidade de acompanhá-los e que tenham capacidade de oferecer assistência local. São empresas globais, com presença local — explica Tarquínio.
A compra das fundições Cifunsa e Technocast, localizadas nas cidades de Saltillo e Ramos Arizpe, é parte da estratégia de expansão dos negócios da Tupy nos Estados Unidos, onde estão as maiores compradoras do ferro produzido por aqui. Segundo Tarquínio, a transação leva em conta a cartela de clientes das duas companhias e a possibilidade de a empresa brasileira se fortalecer em segmentos onde ela ainda não tinha tantos contratos, como no setor de máquinas agrícolas, máquinas de construção e de mineração.
Depois da assinatura do compromisso, as companhias devem se juntar para elaborar um documento, que será avaliado por entidades reguladoras da concorrência nos Estados Unidos e no México. A empresa calcula que este processo dure cerca de 30 dias. A avaliação pelos órgãos deve se estender até 2012, e a Tupy acredita que a compra poderá ser celebrada até o fim do primeiro trimestre do ano.
As unidades mexicanas possuem mais de três mil funcionários e produzem cerca de 300 mil toneladas de ferro fundido por ano. O montante representa praticamente três quartos da produção da unidade joinvilense, que atualmente é de 400 mil toneladas de blocos e cabeçotes de ferro.
— Estamos quase dobrando o nosso tamanho, e ainda temos que pensar que estamos adicionando essa complexidade de cruzar a fronteira — avalia Tarquínio.
Fonte: Diário Catarinense/Larissa Guerra
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