A mineradora brasileira Vale registrou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões em 2016, revertendo prejuízo de R$ 44,2 bilhões em 2015. O número é atribuído aos sócios controladores da companhia, base para cálculo de dividendos.
De acordo com a empresa, o desempenho foi favorecido por menores “impairments” (baixas contábeis) registrados em 2016; bem como aos maiores preços de venda do minério de ferro; e ao efeito positivo nos resultados financeiros da apreciação cambial.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 40,9 bilhões em 2016, 88,15% superior ao observado em 2015.
A receita operacional líquida atingiu R$ 94,6 bilhões em 2016, alta de 21% em 2015.
Trimestre
No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido da Vale ficou em US$ 525 milhões, revertendo prejuízo de US$ 8,569 bilhões de igual período do ano anterior.
A companhia ressaltou que seu lucro básico no trimestre — que exclui efeitos contábeis não recorrentes — foi de US$ 2,717 bilhões, contra um prejuízo de US$ 1,032 bilhão no quarto trimestre de 2015.
O Ebitda foi de US$ 4,77 bilhões no quarto trimestre, 242,9% acima do quarto trimestre do ano passado. Já a receita operacional líquida ficou em US$ 9,694 bilhões, 64,3% acima dos últimos três meses de 2015.
O endividamento líquido da companhia fechou o quarto trimestre em US$ 25,075 bilhões, contra US$ 25,965 bilhões no terceiro trimestre.
O lucro líquido no período ficou abaixo da média de US$ 1,82 bilhão levantada pelo Valor com base nas projeções de sete instituições financeiras e corretoras. O intervalo das projeções apuradas pelo Valor havia ficado entre US$ 1,298 bilhão e US$ 2,504 bilhões para o lucro líquido no quarto trimestre.
Mas se considerarmos o lucro líquido básico divulgado pela companhia, que exclui os efeitos contábeis não recorrentes, os ganhos entre outubro e novembro do ano passado ficaram em US$ 2,717 bilhões, acima da média e acima da maior projeção do intervalo.
Já a média das projeções para o Ebitda ficou em US$ 4,4 bilhões, pouco abaixo do resultado divulgado hoje, de US$ 4,77 bilhões.
As instituições que formaram o consenso feito pelo Valor foram Citi, Santander, Scotiabank, Morgan Stanley, ItaúBBA, Bradesco e J.P. Morgan.
Fonte: Valor