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Amazonas busca explorar potencial

A região do Amazonas vê na indústria naval um de seus grandes potenciais de desenvolvimento econômico para os próximos anos. No Estado do Amazonas, que tem cerca de 22 mil quilômetros de rios navegáveis e localização estratégica para a integração com países ligados pelos oceanos Atlântico e Pacífico, o objetivo é participar do processo de ressurgimento do setor no país com a construção de um complexo naval capaz de movimentar negócios em torno de R$ 1 bilhão ao ano, conforme estimativas da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan).

O projeto foi suspenso por determinação do Ministério Público Federal (MPF/AM), que exige consulta às comunidades ribeirinhas na definição das ações governamentais, mas, segundo o secretário-executivo da Seplan, Ronney Peixoto, o impasse está perto de ser resolvido. "Já temos o modelo de consulta pronto e deveremos alinhar bem o processo com a comunidade em agosto", diz Peixoto.


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O polo naval faz parte de um projeto do governo amazonense denominado Complexo Naval, Mineral e Logístico, com o qual o Estado pretende atrair grandes indústrias. Hoje, o setor naval local fatura cerca de R$ 800 milhões por ano, segundo Peixoto. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado é de cerca de R$ 60 bilhões. Ele conta que, em 2009, um levantamento mostrou que o Amazonas tinha cerca de 300 estaleiros, dos quais a maioria era informal e de pequeno porte. Do total, 60 estavam em Manaus. "São pessoas que acabaram absorvendo o conhecimento de construir pequenas embarcações, herança cultural em nossa região."

Um dos maiores construtores do Amazonas é o Estaleiro Bibi, de Manaus, com capacidade anual de processamento de 8 mil toneladas de aço. "Acredito que nossa região terá uma participação grande na exploração do pré-sal", afirma a diretora-geral da empresa, Danielle França. Essa perspectiva motivou um investimento de R$ 33 milhões para expandir da capacidade instalada e transformar o Bibi em um estaleiro de médio porte, promovendo melhorias tecnológicas para atender à demanda dos próximos anos. O estaleiro produz balsas, empurradores, canoas e embarcações mistas para clientes de vários Estados.

"Nossa indústria está capacitada e trabalha com tecnologia avançada. Acredito que, se continuarem os programas de incentivos federal e estadual no Amazonas, as nossas perspectivas são grandes", afirma o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval) - que também é o proprietário do estaleiro Bibi -, Alcimar da Silva Mota. Entre esses estímulos, ele cita o crédito de até 100% para construção de balsa para transporte e o incentivo fiscal de até 55%, para terminais portuários, concedidos pela Seplan. "É importante que o governo estadual dê atenção aos estaleiros existentes, aqueles que nos últimos anos têm atendido à demanda da região."

No Pará, o estaleiro Rio Maguari também se prepara para o aumento das encomendas, em razão da demanda surgida com a conclusão das obras que permitem o escoamento da produção agrícola pelo norte do país, principalmente o da soja produzida em Mato Grosso. Segundo Fabio Vasconcellos, diretor comercial do Rio Maguari, a pavimentação da BR-163 ligando Cuiabá (MT) a Santarém (PA) provocou um superaquecimento na demanda por balsas e empurradores, porque o transporte até o porto de Vila do Conde, no Pará, envolve um trecho hidroviário a partir de Santarém.

As boas perspectivas fizeram a empresa investir em um projeto para expandir em 50% a capacidade de processamento de aço, que é de 20 mil toneladas anuais.

Fonte: Valor Econômico\Maria Alice Rosa | Para o Valor, de São Paulo






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