Na 11ª Rodada de Licitação de Blocos para Exploração de Petróleo e Gás Natural, em 2013, as 142 zonas arrematadas em diversas bacias foram divididas entre 30 empresas, sendo 12 delas brasileiras. E, no caso do Rio Grande do Norte, as 18 áreas adquiridas tiveram contratos de exploração firmados com 11 companhias. Além das grandes petrolíferas, como Petrobras, OGX e Exxon Mobil, interessadas nas novas fronteiras da bacia marítima potiguar, o leilão atraiu corporações em expansão, como a Imetame Metalmecânica, que iniciou as atividades com petróleo e gás natural em 2010. Contudo, apesar de ter sido considerada um sucesso pela ANP, dois anos depois, na iminência de um novo leilão, marcado para outubro, a rodada ainda não resultou em impactos econômicos para o setor no Estado, já que a etapa exploratória só deverá ser concluída em 2018.
Geraldo FalcãoRodada de licitações realizada em 2013 incluiu blocos marítimos na Bacia Potiguar e atraiu gigantes como Petrobras e Exxon MobilRodada de licitações realizada em 2013 incluiu blocos marítimos na Bacia Potiguar e atraiu gigantes como Petrobras e Exxon Mobil
Para o coordenador da Redepetro-RN, Dorian Bezerra, o momento é de readequação para o setor petrolífero potiguar, mas, confirmando-se áreas propícias à produção, o Estado estaria profissionalmente preparado. “A expectativa é que melhore. As atividades estão sendo retomadas e intensificadas. Se as empresas acharem que os novos blocos são comerciais, torcemos para que isto dê certo. Nossa mão de obra está muito bem preparada. Temos profissionais capacitados à disposição”, afirmou Bezerra. Ainda de acordo com ele, a exploração de áreas maduras, como é o caso do RN, favorece também às adjacências. “Elas sendo instaladas, há desenvolvimento para o entorno. Social e industrial. Gera impostos, empregos e negócios”, comentou Bezerra.
Tal perspectiva é compartilhada também pela diretoria da Imetame. Com dois blocos arrematados em 2013 – POT-T-485 e POT-T-569 - a empresa aguarda a conclusão do processo de licenciamento para o início da perfuração de cinco poços. Em nota para a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a companhia informou que nesta fase de exploração – até cinco anos depois da assinatura do contrato - está trabalhando na aquisição de informações, reprocessamento de dados sísmicos, visitas de campo, interpretação das análises conhecidas e perfurações. No entanto, em virtude destes trâmites burocráticos, não houve atividades operacionais no Estado. Todos os trabalhos gerenciais estão sendo promovidos na matriz da instituição, na cidade de Aracruz, no Espírito Santo.
A Imetame não divulgou os valores de seus investimentos nesta fase exploratória e nem a localização das regiões trabalhadas, porém, para o leilão, em 2013, foram investidos R$ 550 mil para a aquisição de um bloco no Setor Spot T3 e R$ 521 mil em uma área no Setor Spot T5. No caso desta 13ª Rodada, marcada para o próximo dia 7 de outubro, também não descartou nova participação. “Nossa equipe técnica está avaliando as áreas e os dados disponibilizados para o leilão e depois dos estudos prévios tomaremos nossa decisão sobre participar ou não da rodada. Pelo cronograma proposto no Pré Edital, temos até o dia 11/08/2015 para concluir esta avaliação”, declarou, em nota.
Busca interrompida
No caminho inverso da Imetame, da UTC Óleo e Gás e da Geopark, assim como as grandes petrolíferas – Petrobras, Ecopetrol, Exxon Mobil – que adquiriram blocos na última rodada, está a Irati Petróleo e Energia Ltda. A empresa, que arrematou duas áreas do primeiro setor Spot T3 - bacia terrestre - em 2013, informou para a reportagem da TRIBUNA DO NORTE que os trabalhos de exploração não tiveram continuidade. De acordo com a direção da empresa, a rodada, no caso deles, foi anulada em seguida e atualmente as atividades da companhia, com escritório em Curitiba, no Paraná, estão limitadas, com a maioria dos contratos transferidos para a Falcon Metais Ltda. Segundo Dorian Bezerra, da Redepetro-RN, as empresas não detalham suas operações e investimentos, mas, em alguns casos, nem sempre confirma-se a produtividade esperada. “Apesar de toda a tecnologia existente, não dá para garantir que a área é comercial. As vezes, perfura-se, encontra-se óleo, mas, o percentual produtivo não é tão intenso quanto deveria”, disse o coordenador.
Fonte: Tribuna do Norte
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