A Copel, Companhia Paranaense de Energia, avalia participar do leilão dos 14 blocos de gás natural localizados no Paraná na décima segunda Rodada de Licitações, que vai ofertar 240 áreas de exploração no País. A informação foi dada pelo governador Beto Richa nesta última segunda-feira, em uma reunião com a diretora-geral da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard. Ela esteve no Paraná para divulgar o leilão, marcado para os dias 28 e 29 do mês que vem, no Rio de Janeiro. Antes de participar da reunião com o governador, a diretora-geral da ANP fez uma apresentação sobre as licitações das áreas com potencial de gás natural na Fiep, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná.
O governador agradeceu a Magda Chambriard por ter definido que a Petrobras pague ao Paraná mensalmente um milhão e seiscentos mil reais em royalties devidos pela exploração de petróleo e gás do xisto betuminoso, em São Mateus do Sul, na Região Sul do Estado. A Bacia do Paraná abrange 125 municípios paranaenses, em uma área de aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados. As áreas no Estado são classificadas como novas fronteiras de exploração pela Agência Nacional do Petróleo.
O presidente da Companhia Paranaense de Gás, a Compagás, Luciano Pizzatto, afirmou que a expectativa é de que o preço do gás tenha uma redução com a exploração do produto em solo paranaense. Até esta última segunda-feira, 26 empresas internacionais e nacionais apresentaram interesse em participar do processo de licitação para extração do gás natural. A décima segunda Rodada de Licitações também vai ofertar áreas com potencial para gás natural em sete bacias, nos estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, além de Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná, e São Paulo.
A abertura de licitação para a exploração foi autorizada por uma Resolução do Conselho Nacional de Política Energética, deste ano. Pelo regulamento, as empresas vencedoras da licitação para explorar os 14 blocos da Bacia do Paraná deverão investir, no mínimo, 70 milhões de reais. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse que o governo estadual, os municípios e os donos das propriedades deverão receber royalties pela exploração do gás
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo explicou ainda que as licitações não restringem apenas a exploração do gás natural, convencional e não convencional. De acordo com ela, é possível que nessas regiões haja petróleo. Durante o encontro, Magda Chambriard também pediu apoio ao governador Beto Richa para a formação de uma força tarefa entre os governos federal, estadual e municipal para fiscalizar os postos de combustíveis. De acordo com ela, toda vez que o combustível está bom, a fraude migra para sonegação e bomba baixa, ou seja, o consumidor paga por um volume inferior ao afirmado pelo posto.
(Fonte: Agência Paraná de Notícias/Priscila Paganotto)
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