O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira que a política econômica do governo está concentrada em melhorar a situação fiscal para estimular o crescimento do PIB. Em entrevista a jornalistas, ele afirmou que o governo busca elevar as receitas e controlar os gastos. Disse também que o governo não vê necessidade de socorrer financeiramente a Petrobras neste ano.
Os planos para arrecadar recursos com o oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) podem ser levados adiante ainda em 2016, se as condições de mercado melhorarem, acrescentou.
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O ministro - que assumiu o cargo no mês passado, substituindo Joaquim Levy - tem a difícil tarefa de ressuscitar a economia brasileira e estancar uma grave recessão. Os esforços do governo da presidente Dilma Rousseff e do ex-ministro para diminuir o déficit público foram frustrados no ano passado pelo impasse político no Congresso Nacional.
O clima este ano, segundo Barbosa, deve ser melhor para a adoção de novas medidas necessárias ao ajuste. "Nosso maior desafio é o fiscal. Todos [parlamentares] compreendem a sua importância", disse.
A melhora da situação fiscal trará vários benefícios para a economia, disse. Segundo ele, a redução do déficit fiscal contribuirá para combate à inflação e deve ajudar a trazer as taxas de juros para baixo. Também vai tornar o país mais atraente para os investidores estrangeiros, afirmou.
Além dos possíveis IPOs da Caixa Seguridade e IRB, Barbosa disse que o governo planeja realizar concessões de ferrovias neste ano. Entre as ações para equilibrar a economia, o ministro afirmou que o governo também analisa a possibilidade de elevação de crédito dos bancos públicos para impulsionar pequenas empresas, construção e agricultura, além de outros setores. Segundo Barbosa, o plano, cujos detalhes vão ser anunciados até o fim do mês, não prevê subsídios do Tesouro Nacional.
(Dow Jones Newswires)
Fonte: Valor