A Iesa Óleo & Gás vai instalar uma unidade da fabricação de módulos para plataformas de petróleo em Navegantes, no Vale do Itajaí de Santa Catarina. O investimento de cerca de R$ 30 milhões será feito em uma área do Porto de Navegantes, a Portonave. A expectativa é que as obras iniciem em outubro, o que vai depender de licenciamento ambiental do Ibama e da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma).
As obras estão previstas para durar oito meses e a produção deve começar em março de 2011. Os módulos para plataforma offshore vão atender à Petrobras. O empreendimento deve gerar cerca de mil empregos diretos quando a unidade estiver em plena operação.
A Iesa é uma empresa de engenharia construção e montagem com sede em Araraquara (SP). Foi criada em 2005 a partir de ativos, técnicos e contratos da controladora Iesa Projeto, Equipamentos e Montagens. É especialista em serviços de EPC (engenharia, aprovisionamento e construção, na sigla em inglês) para as áreas de óleo, gás, química, petroquímica. Além de um parque industrial em Araraquara, a Iesa tem unidade em Macaé (RJ), onde faz manutenção e modernização de plataformas de petróleo. Com a unidade de Navegantes, a empresa espera faturar R$ 200 milhões ao ano.
No primeiro semestre, a Iesa teve receita bruta de R$ 314,5 milhões e lucro líquido de R$ 9,5 milhões. A companhia fechou 2009 com receita bruta de R$ 701,9 milhões em vendas, crescimento de 19% em relação aos contratos de 2008.
A Portonave, como é chamada a operação do porto privado de Navegantes e onde será instalada a unidade da Iesa, tem capacidade para operar até 1 milhão de Teus por ano. O terminal tem 900 metros de cais e 260 mil metros quadrados de retroárea. Opera com três portêineres (equipamentos que movimentam o contêiner do cais para o navio e vice-versa) e dois MHCs (guindastes móveis).
Na sexta-feira, o presidente da Iesa, Valdir Carreiro, e o governador Leonel Pavan, assinaram um protocolo de intenções para a formalização do investimento. O governo catarinense vai conceder um benefício específico para complexos industriais navais, que prevê tratamento tributário diferenciado para aquisições de empresas catarinenses e importação de equipamentos para exploração de petróleo e gás natural.
Fonte: Valor Econômico/ Júlia Pitthan, de Florianópolis
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