Serão apresentadas hoje as propostas para a disputa da licitação da Petrobras que encaminhará a montagem de módulos e integração de oito plataformas tipo FPSO (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo), cujos cascos estão sendo construídos no dique seco em Rio Grande. A concorrência despertou o interesse de empreendedores do polo naval gaúcho que almejam conquistar as encomendas que devem totalizar um valor de aproximadamente US$ 6 bilhões.
Muitas empresas não divulgam oficialmente que participarão da licitação, mas fontes ligadas ao setor da construção naval apontam que companhias como Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, entre outras, estarão na disputa. Um grupo que já confirmou que apresentará proposta é o Estaleiros do Brasil (EBR). “Será uma disputa boa”, prevê o presidente do EBR, Alberto Padilla. Caso vença a concorrência, a empresa realizará os serviços no estaleiro que implantará no município de São José do Norte.
O dirigente acredita que até abril o projeto, que já possui licenciamento ambiental prévio, obterá a licença de instalação. Ele afirma que há tempo suficiente para instalar o estaleiro e atender às encomendas da Petrobras. O estaleiro EBR, cujo investimento é previsto em cerca de R$ 1,2 bilhão, deve gerar mais de 5 mil empregos na região. O financiamento do projeto deverá vir através de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
A realização do complexo será dividida em três etapas. Na primeira fase, a estrutura poderá fabricar módulos dos navios-plataforma FPSO. Posteriormente, a ideia é ter condições de fazer serviços de integração, recebendo os cascos já prontos e, mais adiante, a expectativa é de que o estaleiro possa fabricar plataformas, tanto semissubmersíveis quanto FPSO. A perspectiva é de que todo o empreendimento esteja concluído até o final de 2013.
Fonte: Jornal do Commercio/RS
PUBLICIDADE