A Mercosul Line batizou nesta quarta-feira (13), no Porto de Santos, o mais novo navio da sua frota, o Mercosul Itajaí. A embarcação pode transportar até 2,5 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e já faz o transporte de cabotagem de cargas com origem ou destino no cais santista desde abril. O evento será realizado às 16 horas, no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais.
O Itajaí foi construído no estaleiro Guangzhou Wenchong Shipyard Company, na China, e adquirido por R$ 200 milhões. O investimento faz parte dos planos da Mercosul Line para expandir a cobertura e dar condições para que a movimentação de cargas através da cabotagem seja intensificada.
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“A chegada do Mercosul Itajaí representa uma oportunidade para empresas que procuram por uma nova forma mais rápida, segura e ambientalmente sustentável de transportar seus produtos pelo Brasil”, afirmou o diretor-superintendente da Mercosul Line, Roberto Rodrigues.
Esta é a quarta embarcação da armadora, que tem como atividade principal a navegação de cabotagem. O Mercosul Itajaí integra a recém-criada linha que liga os portos de Buenos Aires, na Argentina, e Fortaleza (CE), passando por complexos marítimos até então não escalados pela armadora.
Além da entrada em operação do novo navio, a Mercosul Line também pretende lançar um segundo serviço. Hoje, a companhia utiliza os portos de Itajaí (SC), Paranaguá (PR), Itaguaí (RJ), Suape (PE), Pecém (PE), Manaus (AM) e Santos. Nessa nova linha, outros portos também receberão escalas da armadora. São eles: Buenos Aires, Rio Grande (RS), Salvador (BA) e Fortaleza.
Detalhes
O novo cargueiro tem 198 metros de comprimento e leva até 26 tripulantes. Com calado de 11,5 metros, a embarcação conta com mais de 500 tomadas para contêineres refrigerados (reefer), característica que é uma aposta da Mercosul Line diante da expectativa de se ampliar a movimentação por cabotagem, a modalidade de navegação pela costa.
Além de uma maior oferta de tomadas reefer, o Mercosul Itajaí é o navio mais eficiente da armadora sob o ponto de vista ambiental. Segundo Rodrigues, o consumo de combustível é 20% menor, na comparação com as outras três embarcações da frota, fabricadas em 2009.
“Esse navio tem um motor mais eficiente, que gera mais potência com menos combustível”, acrescentou o executivo. “Atualmente, o uso da cabotagem não implica apenas em melhorias para os clientes, mas uma oportunidade para as empresas que desejam contribuir para a sociedade. A logística da cabotagem requer um pouco mais de planejamento, mas os ganhos são muito maiores do que depender de um caro serviço de transporte rodoviário para transportar produtos pelo país. Eles incluem a redução de congestionamentos, acidentes e mortes, além de uma diminuição significativa na cobrança de impostos para a manutenção das estradas”, diz Rodrigues.
Fonte: Tribuna online